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Cira do acarajé é imortalizada com efígie em Itapuã

Por Redação

Foto: Divulgação

A memória e o legado de Cira do Acarajé serão imortalizados nesta quinta-feira (4), em Salvador. A Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), inaugura às 17h a efígie em homenagem à quituteira, falecida em 2020, na Praça Oxum do Abaeté, em Itapuã.

 

O local da homenagem não foi escolhido por acaso. De acordo com Roberta Santucci, gerente de Patrimônio da FGM, a solicitação, feita em 2023, encontrou o lugar mais justo para o tributo. “Cira permanece como uma das figuras mais emblemáticas da cultura de Salvador. Seu trabalho como baiana de acarajé ultrapassou a esfera gastronômica, e ela se tornou símbolo de resistência, de tradição afro-brasileira e de identidade soteropolitana."

 

Roberta Santucci reforçou que Cira, cujo nome de batismo era Jaciara de Jesus, transformou a própria história e contribuiu diretamente para o desenvolvimento histórico de Itapuã, que se tornou um ponto de referência cultural e gastronômica graças à sua presença e carisma.

 

"A praça na Rua Aristides Milton passou a ser reconhecida como Praça de Cira justamente porque ela ressignificou aquele espaço com a sua presença, seu ofício e seu carisma. Por isso, entendemos que este é o lugar mais justo e representativo para receber a homenagem", completou a gerente da FGM, destacando a coincidência do evento com o Dia de Iansã, o que celebra a força cultural impressa pela quituteira.

 

Aos 12 anos, Cira iniciou sua trajetória no tabuleiro, assumindo a responsabilidade de cuidar de quatro irmãos após perder a mãe aos 17 anos. Sua perseverança e a qualidade de seus quitutes em Itapuã e, posteriormente, no Rio Vermelho, a levaram a conquistar prêmios e reconhecimento nacional e internacional.

 

Desde o seu falecimento, os negócios são comandados pela filha, Juçara Santos, e pela ex-nora, Ana Paula Cruz. Juçara expressou profunda gratidão pela homenagem.” A efígie imortaliza sua história, exaltando sua contribuição para a cultura e o comércio de Itapuã, assim como no Rio Vermelho... Mainha era sinônimo de acolhimento, sabor e resistência."

 

Juçara Santos ainda ressaltou que a matriarca "eternizou no azeite de dendê a força de gerações de mulheres negras" e que seu legado é "forte e vivo, presente no cheiro, no sabor e, sobretudo, no amor com que suas receitas continuam sendo feitas."

 

A efígie, executada pela FGM em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Urbano (Desal), celebra a quituteira que transcendeu a gastronomia para se tornar um ícone cultural da capital baiana.

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