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Influenciadora denuncia assédio sexual envolvendo personal trainer em Salvador

Por Redação

Foto: Reprodução / Instagram

A enfermeira e influenciadora digital Maria Emília Barbosa utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (25), data marcada pelo Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, para tornar pública uma grave denúncia de assédio sexual. O caso envolve um personal trainer bastante conhecido em Salvador, que atende influenciadores e atua como preparador físico em academias da capital baiana.

 

 

A publicação ganhou rápida repercussão e serviu como catalisador, incentivando outras mulheres a relatarem episódios semelhantes envolvendo o mesmo profissional.

 

O contato entre Maria Emília e o personal trainer começou em janeiro deste ano, após uma indicação de amiga. O acordo incluía uma parceria de divulgação nas redes sociais e foi negociado integralmente por mensagens.

 

A primeira consulta, realizada em 31 de janeiro, marcou o início das situações de desconforto. A enfermeira afirma que o personal exigiu que a avaliação física fosse realizada de biquíni, alegando que o procedimento só poderia ser feito dessa forma. Durante a sessão, Maria Emília relata ter sido submetida a poses e procedimentos invasivos, incluindo uma suposta liberação miofascial com proximidade excessiva de suas partes íntimas.

 

“Eu estava extremamente desconfortável, mas pensei que fizesse parte do exame. Ele chegava muito perto, sem tocar, e eu permaneci paralisada, tentando agir naturalmente,” contou a influenciadora.

 

Após seguir o plano de treinos por 30 dias, Maria Emília retornou para uma nova avaliação. Desta vez, ela recusou usar biquíni e optou por roupa de academia, mas o profissional teria insistido, alegando ser impossível realizar o procedimento da maneira correta sem o traje exigido.

 

Na segunda sessão, o comportamento do personal trainer teria se tornado ainda mais invasivo, culminando no assédio explícito. Segundo a denúncia, ele chegou a lateralizar a peça íntima da vítima e fez movimentos sexuais nela.

 

O ápice da situação ocorreu quando Maria Emília reagiu: “Eu dei um tapa na mão dele e pedi para parar. Foi quando ele pegou minha mão, colocou no órgão genital dele e disse: ‘Veja só como eu fico com você’.”

 

A enfermeira afirma que deixou o local imediatamente e, ao relatar o ocorrido a pessoas próximas, descobriu que outras mulheres já teriam passado por experiências semelhantes com o mesmo profissional. Ela procurou apoio jurídico e registrou a denúncia criminal.

 

Maria Emília ressaltou que a sensação de paralisia diante da violência é uma resposta comum, desfazendo o sentimento de culpa inicial. “Eu me senti culpada por ter ficado paralisada, mas hoje sei que isso é uma resposta comum diante da violência. Por isso decidi falar,” declarou.

Após tornar público o caso, outras vítimas também a procuraram. Segundo a enfermeira, uma delas já prestou depoimento formal às autoridades. “Se você passou por isso ou qualquer outro tipo de violência, física, psicológica ou digital, denuncie. O silêncio só ajuda o agressor.”

 

 

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