Ex-procurador-geral do INSS e esposa compram imóveis de alto valor após operação Sem Desconto
Por Redação
O ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Filho, e sua esposa, a médica Thaisa Hoffmann Jonasson, adquiriram em maio deste ano uma “mansão suspensa” avaliada em R$ 5,3 milhões em Curitiba (PR), depois da deflagração da operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal (PF) em abril, que investigou desvios em benefícios de aposentados.
O imóvel é um apartamento de 340 metros quadrados no edifício Seventy Upper Mansion, no bairro Campo Comprido. Segundo a coluna de Andreza Matais, o casal realizou diversas aquisições acima da renda declarada.
Servidor de carreira da Advocacia-Geral da União (AGU), Virgílio Filho comprou em agosto de 2024 um Porsche Cayenne híbrido avaliado em R$ 789 mil, também por meio da empresa de Thaisa. Seus rendimentos como servidor público eram de cerca de R$ 24 mil.
Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que Virgílio Filho teve um acréscimo patrimonial de aproximadamente R$ 18 milhões durante o período de apuração. Além disso, Thaisa firmou um termo de reserva para adquirir um apartamento de R$ 28 milhões na Senna Tower, em Balneário Camboriú (SC), um empreendimento de alto luxo projetado para ter 550 metros de altura e divulgado como “o residencial mais alto do mundo”.
Virgílio Filho ocupou o cargo de procurador-geral do INSS tanto no governo de Jair Bolsonaro (PL) quanto no atual mandato de Lula (PT), entre 16 de abril de 2020 e 1º de junho de 2022, e novamente de 29 de setembro de 2023 até seu afastamento judicial em 23 de abril de 2025. Após a decisão, a AGU determinou sua exoneração.
Na semana passada, Virgílio Filho e Thaisa Hoffmann Jonasson foram ouvidos na CPMI do INSS. Ele negou irregularidades e afirmou não ser indiciado, réu ou condenado.
