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PF recusou participar da megaoperação no Rio por não considerar ação compatível com seu perfil

Por Redação

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (29) que a equipe da corporação no Rio de Janeiro foi informada sobre a realização de uma operação no estado, mas decidiu não participar após analisar as características do planejamento. Segundo ele, a ação não era compatível com o perfil de atuação da PF.

 

A operação das Polícias Civil e Militar do Rio, realizada na terça-feira (29), deixou ao menos 119 mortos, incluindo quatro policiais, sendo considerada a mais letal da história do país.

 

A declaração de Andrei foi feita após o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmar à imprensa que o governo federal não havia sido comunicado sobre a operação. O diretor-geral, no entanto, explicou que houve um contato prévio em nível operacional, mas sem detalhamento da data nem do plano completo da ação.

 

“Houve um contato em nível operacional informando que haveria uma grande operação e se a Polícia Federal teria alguma possibilidade de atuação na sua área e dentro do seu papel. A nossa equipe no Rio de Janeiro, a partir da análise geral do planejamento, sem acesso aos detalhes, entendeu que não era o modo como a PF atua, nem o modo de fazer operações”, afirmou Andrei.

 

Ele acrescentou que a corporação não tinha atribuição legal para participar, já que a ação estava sob responsabilidade exclusiva do estado.

 

“O colega do Rio informou ao contato operacional que a PF seguiria seu trabalho de investigação, de polícia judiciária e de inteligência, mas aquela operação tinha mais de cem mandados a serem cumpridos pelo estado do Rio de Janeiro. Não havia atribuição legal para nossa participação, e portanto, não fazia sentido”, completou.

 

Durante a coletiva, o ministro Ricardo Lewandowski interrompeu a fala de Andrei para reforçar que comunicações sobre operações dessa magnitude devem ocorrer entre autoridades de alto escalão.

 

“A comunicação entre o governador de estado e o governo federal deve se dar entre autoridades de hierarquias mais elevadas. Uma operação desse porte não pode ser acordada entre o segundo ou terceiro escalão. Se exigisse a interferência do governo federal, o presidente da República, o vice-presidente, o ministro da Justiça ou o próprio diretor-geral da PF deveriam ser avisados”, disse o ministro.

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