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Trump acusa Gustavo Petro de envolvimento com tráfico; colombiano reage e denuncia violação de soberania

Por Redação

Foto: Reuters / Luisa Gonzales

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou neste domingo (19) o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de ser um “líder do tráfico de drogas ilícitas”. A declaração foi feita em uma publicação na plataforma Truth Social, em que o republicano também anunciou a suspensão dos pagamentos e subsídios norte-americanos ao país sul-americano.

 

“Petro é um líder do tráfico ilegal que incentiva fortemente a produção maciça de drogas. A partir de hoje, estes pagamentos, ou qualquer outra forma de subsídio, não serão mais feitos”, escreveu Trump, em letras maiúsculas.

 

As relações diplomáticas entre Bogotá e Washington têm se deteriorado desde o retorno de Trump à Casa Branca. No mês passado, os Estados Unidos revogaram o visto de Gustavo Petro após ele participar de uma manifestação pró-Palestina em Nova York e encorajar soldados americanos a desobedecerem ordens presidenciais.

 

No ano anterior, Petro havia prometido intervir em regiões produtoras de coca com ações sociais e militares, mas o plano teve resultados limitados. Em setembro, Trump incluiu a Colômbia entre os países que “falharam comprovadamente” no combate ao narcotráfico, ao lado de Afeganistão, Bolívia, Birmânia e Venezuela.

 

A Casa Branca e o Departamento de Estado ainda não se pronunciaram sobre as novas declarações. A embaixada da Colômbia em Washington também não respondeu aos pedidos de comentário.

 

RESPOSTA DE PETRO

Em resposta, Gustavo Petro acusou os Estados Unidos de violarem a soberania marítima colombiana e de matar um pescador durante uma operação militar no mar do Caribe, supostamente voltada ao combate ao tráfico de drogas.

 

“Os funcionários do governo norte-americano cometeram um assassinato e violaram a soberania das nossas águas territoriais”, escreveu Petro na rede social X (antigo Twitter).

 

O presidente afirmou que aguarda explicações oficiais de Washington e solicitou ao Ministério Público da Colômbia que garanta proteção às famílias das vítimas. Petro também propôs que os familiares sejam incluídos em uma ação judicial internacional conjunta com vítimas de Trinidad e Tobago.

 

A denúncia se refere a um ataque realizado em 15 de setembro, que teria atingido um barco de pescadores colombianos. Um dos familiares da vítima, Audenis Manjarres, relatou à emissora pública RTVC Noticias que o homem morto, Alejandro Carranza, “era inocente e apenas buscava o sustento diário”.

 

Segundo Trump, dois sobreviventes do sexto ataque norte-americano contra embarcações no mar do Caribe foram devolvidos aos seus países de origem, Equador e Colômbia.

 

Em publicação na Truth Social, ele afirmou que quatro “narcoterroristas” estavam a bordo de um submarino e que dois morreram durante a operação. O equatoriano sobrevivente já retornou ao seu país, onde responderá a processo criminal, confirmou o governo local.

 

Petro também confirmou o retorno a Bogotá de um colombiano sobrevivente do ataque, dizendo que ele será julgado de acordo com as leis nacionais. “Recebemos com satisfação o colombiano preso no narcossubmarino. Estamos felizes por ele estar vivo”, afirmou o presidente colombiano.