BNDES apresenta avanços do Novo Fundo Clima durante mesa-redonda da Pré-COP30 em Brasília
Por Redação
Uma mesa-redonda de alto nível realizada nessa terça-feira (14), em Brasília, durante a Pré-COP30, debateu os avanços e a nova plataforma de transparência do Novo Fundo Clima, principal instrumento de financiamento climático do Brasil e um dos maiores do Sul Global. O evento antecede a Conferência do Clima (COP30), que será sediada em Belém (PA) em novembro deste ano.
O encontro reuniu representantes do governo federal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituições financeiras e especialistas em sustentabilidade para discutir os mecanismos de financiamento da transição ecológica brasileira.
O diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa, destacou a criação de uma plataforma pública de acompanhamento que permitirá o monitoramento detalhado dos projetos financiados pelo Fundo Clima. A ferramenta oferecerá informações sobre ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, além de dados sobre projetos voltados à transição energética, mobilidade verde, indústria sustentável e reflorestamento de florestas nativas.
Segundo Barbosa, entre 2023 e 2025 o banco já aprovou R$ 19 bilhões em crédito para projetos ambientais em todas as regiões do país — um salto expressivo em relação aos R$ 1,6 bilhão liberados entre 2019 e 2022.
“Com o Fundo Clima, que conta com recursos do Tesouro Nacional e parte captada por meio da emissão de Green Bonds no exterior, o BNDES tem financiado iniciativas como eletrificação do transporte urbano, produção de biocombustíveis, reflorestamento e indústria verde. Nosso foco é reduzir emissões e aumentar a eficiência energética”, afirmou Barbosa.
Durante sua apresentação, Barbosa também ressaltou a importância estratégica do Brasil no cenário climático global. “Somos um dos poucos países que ainda possuem uma vasta área florestal. Manter as florestas em pé e recuperar áreas degradadas é um desafio central”, disse.
Ele adiantou que o BNDES está estruturando novos projetos de concessão florestal, manejo sustentável e restauração ambiental, ampliando o papel do banco como indutor de uma economia de baixo carbono.
“O BNDES tem 73 anos de experiência financiando o desenvolvimento econômico do país. Agora, essa trajetória se volta também para o desenvolvimento ambiental, que é o novo eixo estratégico da economia global”, completou o diretor.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforçou que a retomada dos financiamentos do Fundo Clima durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa um marco para a política climática nacional.
“A reativação do Fundo Clima é um passo decisivo na agenda de descarbonização do Brasil. Ao impulsionar projetos de energia limpa, mobilidade sustentável e inovação verde, reafirmamos nosso compromisso com um desenvolvimento que gera emprego, reduz desigualdades e protege o planeta”, declarou.
Mercadante também destacou que a nova plataforma de transparência reforça o compromisso do BNDES com a governança ambiental e a prestação de contas à sociedade. “Com essa ferramenta, o banco consolida sua atuação na transição ecológica e garante transparência total sobre o uso dos recursos públicos e privados voltados à sustentabilidade.”