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Anamma aponta causas do indiciamento da Battre por crimes ambientais no Aterro em Salvador

Por Redação

Foto: Divulgação

A Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) detalhou os fatores que levaram ao indiciamento da Battre e de seu diretor Ângelo Teixeira de Castro Carvalho, no inquérito que apurou irregularidades no Aterro Metropolitano Centro (AMC), em Salvador.

 

Segundo a entidade, as principais causas das suspeitas estão relacionadas a problemas históricos de desmatamento, assoreamento de rios e manejo inadequado de resíduos na região do aterro. A Anamma destacou que as primeiras denúncias contra a Battre remontam aos anos 2000 e 2001, e foram reforçadas recentemente por moradores após o desaparecimento de um rio nas proximidades.

 

O inquérito conduzido pela 12ª Delegacia Territorial de Itapuã reuniu depoimentos de moradores, trabalhadores e representantes da empresa, além de perícias que apontaram desmatamento de cerca de 100 mil m² em Área de Proteção Ambiental (APA) e coleta de amostras de água em nascentes e córregos próximos ao aterro, diante da suspeita de contaminação por chorume. As análises laboratoriais ainda estão em andamento.

 

A Anamma também questiona a renovação do contrato de operação do AMC por 20 anos, sem licitação, no valor de R$ 2,6 bilhões, realizada em janeiro de 2025, e a celebração de sete termos aditivos entre 2019 e 2025, sem justificativas técnicas ou econômicas claras. Solicitações da associação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) não receberam respostas da Prefeitura de Salvador.

 

O histórico da Battre, que integra o Grupo Solví, inclui processos judiciais por crimes ambientais em outros estados, como Paraná e Pará, onde diretores chegaram a ser presos. O inquérito também reúne registros fotográficos e imagens de satélite ao longo de 25 anos, mostrando a destruição progressiva da vegetação e do solo na área do aterro.

 

Em nota, a Battre contestou as acusações, afirmando que a área investigada não pertence à empresa e que quaisquer atividades ocorridas no local foram feitas sem conhecimento ou autorização da empresa. A companhia ainda disse que não há autos de infração ambiental relacionados à operação do AMC.

 

O caso segue sob análise da Promotoria de Justiça, que avaliará se as provas reunidas pelo inquérito justificam ação penal contra a empresa e seu diretor.

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