Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Galípolo responde a Haddad e diz ver como “um luxo” comentários sobre política monetária

Por Redação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, respondeu, nesta quinta-feira (25) as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que disse que a taxa Selic "nem deveria estar em 15%". Segundo Galípolo, as declarações não foram vistas por ele de forma pejorativa e considera "um luxo" ter comentarios do ministro da Fazenda sobre política monetaria com grande "delicadeza, gentileza e educação".

 

"No caso específico das falas do meu amigo Fernando Haddad e estendo também ao querido Ceron, secretário do Tesouro, pessoalmente acho um luxo que tenhamos um ministro da Fazenda e um secretário do Tesouro fazendo comentários sobre política monetária com a delicadeza, gentileza e educação da forma que eles fizeram. É absolutamente legitimo que o ministro da Fazenda faça uma análise sobre o que o BC deveria fazer, assim como o mercado", declarou ele. 

 

A taxa de juros atual é a maior desde julho de 2006 e o BC indicou que pretende manter assi por um periodo "bastante prolongado", 

 

"O papel do BC é um pouco mais difícil do que de outras autarquias e secretarias, porque às vezes tem que desagradar um pouco. Nesse caso específico, mesmo com a Selic em 15%, praticamente se gabarita no livro-texto as condições de contorno para ter feito uma elevação 15% e manter a taxa de juros em uma condição contracionista", declarou ele. 

 

O presidente do BC também falou sobre a minima histórica na taxa de desemprego, com renda na maxima histórica, assim como recordes em importações e viagens como termômetros de uma atividade aquecida. 
 

"Se 5% não está em pleno emprego, não sei quando o Brasil esteve próximo do pleno emprego. É a taxa mais baixa da série histórica, com renda na máxima da série histórica. Com as viagens batendo recorde, de importações batendo recorde. Por onde você olhar, é difícil reunir condições de contorno, pela teoria econômica que você decidir se apoiar, que, em um cenário de inflação fora da meta e com o desemprego tão baixo, a reação da política monetária não deveria ser essa", disse ele. 

Compartilhar