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Bar Pirambeira se pronuncia após acusações de racismo: “Não compactuamos com qualquer forma de preconceito”

Por Redação

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O bar Pirambeira, localizado no bairro da Pituba, em Salvador, se pronunciou após a denúncia de duas mulheres negras que afirmaram ter sido vítimas de racismo ao tentar entrar no estabelecimento no último sábado (22). Em vídeo publicado nas redes sociais, as clientes relataram que ficaram do lado de fora por cerca de três horas, enquanto outros frequentadores brancos tiveram acesso liberado.

 

 

De acordo com os relatos, as amigas Eisa e Aline chegaram ao local por volta das 18h e só conseguiram entrar após as 21h. Durante esse período, segundo elas, a recepcionista justificou que não havia mesas disponíveis, embora outros clientes tenham entrado sem reservas e permaneciam em pé no espaço.

 

“Fui muito mal recebida, muito mal atendida por um perfil de uma mulher branca, loira, que se recusou a ouvir a minha queixa ali naquele momento”, afirmou Eisa no vídeo. Segundo ela, ao serem finalmente convidadas a entrar, encontraram um espaço para permanecer, mas foram informadas por um garçom de que só poderiam ficar caso houvesse autorização da recepcionista. “Ela já tinha permitido que outras pessoas fizessem a mesma coisa antes”, completou.

 

As mulheres ainda relataram ter ouvido de outros frequentadores que “a recepcionista comentou que elas ainda tiveram sorte de estar naquele local”. Para Eisa, o episódio confirmou receios de não frequentar bares da Pituba. “Não é por causa do dinheiro, porque o dinheiro elas não sabiam nem quanto a gente recebia. É por causa da cor”, declarou. Na legenda da publicação, a jovem reforçou: “Racismo não é mal-entendido, não é opinião: é crime”.

 

Em nota, o Pirambeira afirmou que recebeu com atenção a denúncia e lamentou que uma cliente não tenha se sentido acolhida. O estabelecimento destacou que não compactua “lamentamos profundamente que uma cliente não tenha se sentido acolhida e respeitada em nossa casa como é costume em nosso estabelecimento".

 

"Reforçamos que não compactuamos, em hipotese alguma, com qualquer forma de preconceito, seja ele racial, religioso, de gênero ou de qualquer outra natureza", completou.

 

O bar disse ainda que sua equipe é constantemente treinada para oferecer atendimento igualitário e que limitações físicas do espaço podem gerar dificuldades no acolhimento de todos os clientes. O comunicado informou também que a administração entrou em contato com as clientes para ouvir os relatos e propôs a criação de uma campanha voltada a bares e restaurantes para ampliar a conscientização e o combate a práticas discriminatórias.

 

“Estamos abertos ao diálogo e sempre comprometidos a transformar essas situações em uma oportunidade de reflexão mútua, para que espaços de convivência como o nosso sejam sempre locais de respeito, diversidade e inclusão”, concluiu a nota.

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