Quaest: Bolsonaro e Eduardo têm pior avaliação em relação a tarifas de Trump; governo Lula mantém recuperação
Por Redação
A quinta rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20), mostra que Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) são os mais mal avaliados em relação à forma como estão agindo diante das medidas do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre tarifas ao Brasil. Governadores de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná também tiveram desgaste de imagem no tema.
Segundo o levantamento, 69% dos entrevistados acreditam que Eduardo Bolsonaro atua em defesa de seus próprios interesses e os da família. Já 71% consideram que Trump errou ao impor taxas ao Brasil, e 77% temem que o tarifaço afete suas vidas.
No cenário político interno, 48% dos eleitores avaliam que Lula e o PT estão adotando a postura mais correta no episódio, enquanto 28% consideram que Bolsonaro e seus aliados estão certos. Para 49%, Lula age em defesa do Brasil e não para se promover, embora 41% discordem dessa visão.
Em relação à negociação das tarifas, 48% acreditam que Lula conseguirá reduzir os impactos, contra 45% que não confiam nessa possibilidade. Sobre o papel de Trump em relação a Bolsonaro, 55% dos entrevistados não veem chances de o ex-presidente norte-americano reverter a inelegibilidade do aliado brasileiro, enquanto 36% acreditam nessa hipótese.
A pesquisa ainda mostra que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva é desaprovado por 51% da população e aprovado por 46%. Apesar de a desaprovação seguir na frente, o resultado confirma tendência de recuperação iniciada em julho, após quedas sucessivas desde dezembro. Em maio, o governo havia registrado seu pior índice: 57% de desaprovação contra 40% de aprovação.
O levantamento ouviu 12.150 eleitores presencialmente, entre os dias 13 e 17 de agosto, em todo o país, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia e Pernambuco.
Entre os recortes, a melhora na aprovação foi registrada sobretudo na base de apoio do presidente e entre eleitores sem posição política definida. Entre as mulheres, a aprovação subiu dois pontos percentuais e se aproximou da desaprovação, que está em 49%.