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VÍDEO: Repórter da TV Bahia é ameaçado por traficante durante cobertura no Nordeste de Amaralina, em Salvador

Por Redação

Foto: Reprodução / TV Bahia

O videorrepórter Rildo de Jesus, da TV Bahia, foi ameaçado por traficantes enquanto trabalhava ao vivo na manhã desta segunda-feira (11) no bairro Chapada do Rio Vermelho, parte do Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador. O momento foi transmitido durante o programa Bahia Meio Dia.

 

Rildo cobria os danos provocados por um tiroteio entre integrantes do Comando Vermelho (CV) e policiais militares quando foi surpreendido por cerca de quatro homens no local.

 

“Fui ameaçado ali agora por cerca de quatro homens que apareceram ali naquela rua. Apesar da gente estar usando colete à prova de balas e do policiamento na região estar bastante intensificado, por questões de segurança, a gente vai deixar a região aqui da Chapada”, relatou o profissional enquanto deixava a área.

 

Veja o momento:

 

 

Em nota, a Rede Bahia repudiou o episódio. “É inadmissível que profissionais da imprensa sejam alvo de intimidações, agressões ou qualquer forma de cerceamento ao exercício de sua função, essencial para a liberdade de expressão e o direito à informação da sociedade”, declarou a emissora.

 

Confira a nota da TV Bahia na íntegra:

A TV Bahia manifesta seu mais profundo repúdio à ameaça sofrida pelo repórter cinematográfico, Rildo de Jesus, nesta segunda-feira (11), no bairro da Chapada do Rio Vermelho, em Salvador, enquanto noticiava, ao vivo, que veículos haviam sido atingidos por tiros. Durante a entrada no Bahia Meio Dia, um homem armado, ainda não identificado, ordenou que ele deixasse o local. Para preservar sua integridade, Rildo deixou a área e narrou o ocorrido em movimento. Ele está bem e recebeu, no estúdio, o apoio dos apresentadores Vanderson Nascimento e Andrea Silva.

É inadmissível que profissionais da imprensa sejam alvo de intimidações, agressões ou qualquer forma de cerceamento ao exercício de sua função, essencial para a liberdade de expressão e o direito à informação da sociedade.

A TV Bahia reafirma seu total apoio a Rildo e rechaça qualquer tentativa de silenciar ou coagir comunicadores. Seguimos firmes no compromisso com a verdade, a ética e o respeito à vida.

 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba) também se manifestou sobre o episódio e afirmou que é “urgente necessidade de adoção de protocolos de segurança e políticas claras de proteção aos profissionais”.

 

Confira na íntegra:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba) manifesta sua profunda indignação diante do grave episódio ocorrido nesta segunda-feira (11), quando o videorrepórter Rildo de Jesus, da TV Bahia, foi ameaçado ao vivo por quatro homens armados durante a cobertura dos estragos provocados por um tiroteio entre traficantes e policiais no Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Mesmo equipado com colete à prova de balas e com a presença de policiamento ostensivo na região, o profissional foi obrigado a interromper o trabalho e deixar o local imediatamente para preservar sua vida.

O Sinjorba reforça a urgente necessidade de adoção de protocolos de segurança e políticas claras de proteção aos profissionais, ressaltando que cabe também aos veículos de comunicação garantir a integridade de seus repórteres. Isso inclui oferecer apoio e acompanhamento de segurança em áreas conflagradas, disponibilizar equipamentos de rastreamento e comunicação em tempo real e promover treinamento especializado para atuação em zonas de conflito.

Para o presidente do Sinjorba, Moacy Neves, “o jornalismo é uma atividade essencial para a democracia, mas não pode ser exercido em condições que coloquem em risco a vida de quem o pratica. É dever das empresas de comunicação garantir a segurança dos seus profissionais, adotando medidas concretas e eficazes. A busca pela notícia não pode custar vidas.”

O sindicato ressalta ainda que, além da insegurança já enfrentada diariamente no exercício do jornalismo, soma-se também o risco adicional do modelo de motolink, no qual o jornalista acumula as funções de repórter, cinegrafista e piloto de motocicleta, ficando ainda mais vulnerável, especialmente em áreas de risco. Essa prática, adotada para dar agilidade à cobertura, ignora que o direito da população à informação não pode ser sustentado à custa do perigo extremo imposto a quem a produz.