CPI da manipulação de jogos se concentrará no futebol, e Leur quer acesso às investigações do MP-GO
Por Edu Mota, de Brasília
Investigação de apostas apenas no futebol, e não sobre os jogadores já identificados como envolvidos no escândalo de manipulação de partidas. Este é um dos principais pontos do plano de trabalho da CPI da Manipulação de Jogos apresentado pelo relator, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), nesta terça-feira (23).
O plano que guiará os trabalhos da comissão até o mês de setembro foi aprovado pelos membros da CPI da Manipulação no Futebol. Na reunião, diversos requerimentos também foram aprovados pelos deputados, como, por exemplo, o que foi apresentado por Leur Lomanto Jr. (União-BA), que pede ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) o envio de informações à CPI.
O Ministério Público de Goiás trouxe a público o escândalo da manipulação de partidas por quadrilhas especializadas, ao deflagrar as operações Penalidade Máxima I e II. Desde o fim do ano passado, 16 pessoas estão sendo investigadas ativamente pelo MP-GO, e vários outros atletas foram citados durante o processo.
O deputado Leur Lomanto, que preside a Associação Desportiva Jequié, da segunda divisão do Campeonato Baiano, quer que a íntegra dessas investigações seja compartilhada com os membros da CPI. O deputado baiano pediu na CPI que os trabalhos tenham como foco e ponto de partida o que já foi apurado pelos procuradores.
"Temos uma investigação em curso patrocinada pelo Ministério Público de Goiás, que apura a manipulação de resultados de diversas partidas de futebol, então o ponto de partida passa por colher todas essas informações, para podermos dar prosseguimento nos próximos passos da CPI", afirmou.
Leur Lomanto Jr. falou também ao Bahia Notícias sobre a futura medida provisória do governo que deve regulamentar as casas de apostas no Brasil. "O que tem acontecido, com jogadores sendo investigados, empresários sendo investigados por aliciar jogadores e manipular resultados, eu tenho chamado de um câncer no futebol brasileiro, e precisamos contribuir na regulamentação e no endurecimento das leis para que isso deixe de ocorrer", completou o deputado.
