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Em Salvador, Ideb da rede pública cresce nos anos finais e reduz nos anos iniciais

Por Bruno Leite

Foto: Otávio Santos / Secom PMS

Apesar dos resultados positivos obtidos pela Bahia no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2021 (veja aqui), a rede pública de Salvador apresentou uma queda em uma das categorias medidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacional (Inep), a dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

 

De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (16), a média de 5.6 atingida pelo conjunto de escolas públicas com oferta de turmas de 1º ao 5º ano da capital baiana em 2019 foi reduzida a 5.4 pontos neste ano. 

 

Criado em 2007, o índice avalia o fluxo escolar e as médias de desempenhos nas avaliações, através de dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e dos resultados de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

 

O resultado deste ano para os anos iniciais foi produto das notas das escolas estaduais (que pontuaram 6.1) e das escolas muncipais (que alcançaram 5.4). A última teve uma diminuição de 0.2 no índice.

 

Já nos anos finais, a cidade teve um resultado positivo em todos os cenários, público, estadual e municipal, obtendo, respectivamente, 4.5, 4.4 e 4.7 pontos. No somatório geral, as públicas obtiveram uma média de 3.7 pontos.

 

A rede federal, por questões técnicas, não pontuou nos anos finais. No Ideb anterior, a rede federal de Salvador chegou a 7.9, a estadual a 3.5 e a municipal a 4.3. 

 

Segundo o Inep, o número matriculados no Ensino Médio e que participaram do Saeb foi insuficiente. Isso fez com que os resultados sobre esta etapa curricular não fossem passíveis de cálculo. No último IDEB, em 2020, a rede estadual chegou a 2.9 pontos. A projeção para 2021 era de que o índice chegasse ao mesmo patamar. 

 

O Ideb é importante condutor de política pública em prol da qualidade da educação. Como meta para 2022, o instituto tem como meta alcançar a média 6 - valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos países desenvolvidos.

 

Os resultados obtidos esse ano podem ter sido prejudicados pela pandemia, segundo apontam especialistas na área de educação. Isso porque os índices de aprovação compilados podem apresentar uma distorção nos estados e municípios que optaram pela aprovação dos seus alunos, mesmo com problemas de aprendizagem, entre os anos de 2020 e 2021. Período em que os anos letivos foram considerados um só.

 

Outro aspecto que pode reforçar uma distorção no Ideb é a presença de alunos durante a aplicação do Saeb, entre novembro e dezembro, que mediu o domínio dos estudantes por meio de provas de português e matemática. De acordo com o próprio Inep, 71% dos alunos participaram. O número ideal era de 80%.

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