CPI da Covid convoca Google, Twitter e Facebook para esclarecer posts de Bolsonaro
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou nesta quarta-feira (23) a convocação de representantes do Google, Twitter e Facebook para questionamentos sobre conteúdo considerado contrário às evidências científicas e sanitárias.
De acordo com a CPI, as empresas devem explicar o motivo de não tirarem do ar materiais divulgados pelo presidente Jair Bolsonaro. A convocação foi anunciada pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Na última quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro disse, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que a contaminação pelo coronavírus é mais eficaz que as vacinas.
O requerimento foi feito por Randolfe, que afirmou que o ex-presidente Donald Trump foi banido de redes sociais por muito menos, a exemplo do Twitter. A rede bloqueou o perfil do presidente norte-americando permanentemente no dia 8 de janeiro, alegando "risco de mais incitação à violência", após a invasão no Capitólio no dia em que o Congresso dos EUA validava o resultado da eleição vencida por Joe Biden dois meses antes.
REUNIÃO SECRETA
Os senadores também aprovaram a realização de uma reunião secreta no Rio de Janeiro para ouvir Wilson Witzel, ex-governador do estado.
No dia 16 de junho, Witzel decidiu se retirar da sessão da CPI da Covid no Senado após 3 horas e 40 minutos de depoimento. O ex-governador estava amparado pelo habeas corpus concedido pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).