Estados vão intensificar debate sobre medidas conjuntas e cobram 'diplomacia' por vacinas

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou nesta segunda-feira (8) que o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) vai se reunir para discutir medidas de combate à Covid-19 que podem ser adotadas conjuntamente pelos estados. A partir do que for decidido no encontro, os governadores de todo o país vão definir quais ações serão essas.

Segundo Dias, uma das medidas cogitadas é proibir a venda de bebidas alcóolicas nacionalmente, como já tem sido feito na Bahia aos fins de semana. “Após a reunião do Conass, que vai discutir o que já tem sido feito pelos estados, vamos deliberar o que poderemos fazer conjuntamente”, disse o governador, que é coordenador do Fórum Nacional dos Governadores. Ele participou nesta segunda de uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para discutir o atraso na entrega das vacinas.

Dias declarou, ainda, que o governo vai intensificar esforços para aumentar a quantidade de imunizantes no país. Uma das medidas estudadas é tentar obter a liberação de 10 milhões de doses da vacina de Oxford destinadas aos Estados Unidos, mas que não estão sendo aplicadas no país. 

“Há vacina pronta, em estoque, e como não está sendo usada a da AstraZeneca nos EUA, que elas possam ser cedidas ao Brasil. Vamos usar a diplomacia brasileira para isso. A questão é difícil porque os EUA adotaram uma medida de proibir qualquer exportação de vacina para resguardar a situação interna, mas onde houver vacina disponível, estaremos atrás”, afirmou. 

Outra ideia é tentar adiantar também, junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), a entrega de doses da mesma vacina. Neste caso, os imunizantes fariam parte da iniciativa Covax Facility. O país tem 9,1 milhões de doses a serem distribuídas pelo consórcio global.