Smed acusa grevistas de retirarem alunos de sala à força; APLB apura caso
Por Lucas Arraz
A Secretaria Municipal da Educação (Smed) emitiu uma nota repudiando a suposta tentativa de educadores que teriam tentado impedir o acessso de alunos da rede municipal durante a greve da categoria. A Smed emitiu uma nota chamando a tentativa de “radicalismo de um pequeno grupo de manifestantes” durante o movimento dos servidores de educação da capital baiana que chega ao seu segundo dia nesta quinta-feira (12) (veja aqui).
Segundo a pasta, alguns grevistas teriam tentado impedir a entrada de alunos, professores e gestores da rede municipal em algumas escolas. "É lamentável esse tipo de atitude. Repudiamos veementemente essas ações. Nossos alunos e suas famílias que estão sendo prejudicadas por uma minoria, que está, na realidade, fazendo política partidária e para isso prejudica a população", criticou o secretário Municipal da Educação, Bruno Barral.
Em contato com o Bahia Notícias, o Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (APLB) declarou que vai apurar o caso, mas não acredita na procedência da informação repassada pela Smed. “Não houve nenhum confronto. Vamos investigar para saber de onde saiu essa notícia”, refutou Elza Melo, presidente da APLB Salvador.
“Nossa luta funciona a base de diálogo. Chamamos os companheiros para aderir ao movimento na base do diálogo”, completou Elza. Ainda segundo Barral, o movimento paredista é político-partidário e apenas 14% das escolas municipais aderiram a greve dos servidores da educação.
"Volto a pedir aos sindicalistas que reflitam e aguardem a evolução das negociações, que estão avançando. Também que preservem nossos alunos da perda de dias de aula e dessa situação de stress e de ameaça desnecessárias e absurdas", frisou Barral. Nesta quarta-feira (11), a prefeitura ofereceu um aumento de 2,5% no salário dos servidores a partir de julho. A proposta não foi aceita pelos educadores (lembre aqui).
Por enquanto, nenhuma outra reunião entre as partes está marcada para pôr fim a greve. De acordo com a APLB, o Executivo municipal informou que não fará novas propostas até o fim do movimento.