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Aleluia nega que Neto coloque saída de Lúcio do PMDB como condição para ser candidato

Por Bruno Luiz

Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

O presidente do Democratas na Bahia, deputado federal José Carlos Aleluia, negou que o prefeito ACM Neto (DEM) esteja colocando como condição para se candidatar ao governo do Estado a saída do deputado federal Lúcio Vieira Lima do PMDB. No entanto, em entrevista ao Bahia Notícias, ele disse que a decisão do parlamentar e da sigla podem influenciar na posição de Neto. “Ninguém está colocando essa coisa como condição, Neto nunca me falou isso. O PMDB é uma questão do PMDB. O prefeito ACM Neto é prefeito de Salvador, do DEM na Bahia. Não podemos ficar dizendo qual deve ser a decisão. Mas a decisão de qualquer partido aliado pode influenciar na nossa”, afirmou, apontando que a postura dos peemedebistas, principalmente de um específico, Lúcio, está sendo analisada pelo prefeito às vésperas de anunciar sua decisão sobre a eventual candidatura ao governo da Bahia. Ele ainda preferiu não comentar a declaração do presidente do PSDB na Bahia, João Gualberto, que atribuiu a dificuldade de Neto em se decidir ao fato de Lúcio se negar a deixar o PMDB. O deputado falou, ainda, sobre os rumores de que há óbice a ter a sigla na majoritária. Mas não negou e nem confirmou esta rejeição. “Esse assunto não foi discutido. Primeira coisa que vamos discutir é quem vai ser candidato”, tergiversou. Ele também negou a entrada de Bruno Reis no DEM, possibilidade confirmada pelo próprio Neto, e que haja plano B ao prefeito. “Plano B só depois do prazo para decisão de Neto. Nós nunca analisamos essa hipótese”, reforçou. Dentro da oposição, no entanto, a avaliação corrente é de que o prefeito não concorrerá ao governo com a continuidade de Lúcio no PMDB. O democrata não quer precisar explicar nas eleições o fato de ter como aliado alguém envolvido no emblemático caso do bunker dos R$ 51 milhões. Ele até tentou minar a presença do deputado na sigla. Pediu que os colegas o convencessem a sair para um partido menor, como forma de não deixar de concorrer. Com medo de perder a eleição e com isso o foro privilegiado, Lúcio decidiu não sair. Ciente da articulação de Neto para tentar desidratá-lo, o irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima também tenta dar o troco. Faz o que o prefeito menos gostaria: diz em toda entrevista ser um aliado irremediável do democrata, atrelando sua imagem a ele. As declarações de Gualberto também são encaradas como ação combinada com Neto e sua cúpula para minar a presença do PMDB e de Lúcio na coligação. Seria a forma de dizer que a rejeição não é dele, e sim do seu próprio grupo político. Por outro lado, enquanto Lúcio fica, o partido se esfacela. Nesta quarta (21), o deputado estadual Luciano Simões iniciou a debandada. Nos próximos dias, outros devem abandonar o barco. Pedro Tavares, Leur Lomanto Júnior, David Rios e Hildécio Meireles já sinalizaram que, na atual situação, não querem ficar. Assim, restará apenas Lúcio, à deriva, isolado e preterido. 

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