Rui vai avaliar efeitos da prisão de Ferraz numa eventual candidatura de Neto em 2018
Por Luana Ribeiro / Ailma Teixeira
Para o governador Rui Costa (PT), ainda é cedo para avaliar se a prisão do diretor-geral da Codesal, Gustavo Ferraz, pode prejudicar o suposto plano do prefeito ACM Neto (DEM) de se candidatar ao governo do Estado. Ferraz ocupava o cargo como cota do PMDB, partido da base aliada do Democratas em Salvador. Ele foi detido pela Polícia Federal, na última sexta-feira (8), após encontrarem suas digitais no bunker que guardava R$ 51 milhões, ligados ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), também preso na operação (saiba mais aqui). Diante disso, Ferraz foi exonerado do cargo na prefeitura da capital baiana (veja aqui). "Eu não sei, vamos avaliar. Eleição é só ano que vem, em outubro do ano que vem. Até lá, eu quero me concentrar no trabalho", resumiu Rui, em coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (11). Em meio à inauguração de mais quatro estações de metrô – Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz e Mussurunga –, o governador disse que tem esperança de que essas investigações ajudem a construir um Brasil melhor. Ele alertou para a votação da reforma política, pauta prioritária na Câmara Federal, que pode já surtir efeitos nas eleições de 2018. "É preciso que o financiamento seja transparente e não através da ilegalidade ou do crime organizado, do tráfico de drogas, nem do jogo do bicho, nem de empréstimo de agiota ou de malas", criticou o governador baiano, ressaltando seu posicionamento favorável ao sistema público de financiamento de campanha. No entendimento do petista, ao invés de “inventar a roda”, o Brasil deveria usar como exemplo a democracia sólida de países como a Alemanha, Itália ou França.