PF fará busca em e-mails de funcionários de empreiteiras; desvio seria de R$ 4,5 mi
Por Rebeca Menezes
Os mandados de busca e apreensão da 16ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (28), visam conseguir objetos e dados de e-mails de funcionários das empresas envolvidas no suposto pagamento de propina em obras da usina nuclear Angra 3. Segundo o procurador federal Athayde Ribeiro Costa, serão cumpridos também cinco mandados de condução coercitiva para executivos de empreiteiras investigadas. Esta fase, explica, não “mira” pessoas ligadas a partidos políticos. Nesta terça, foram presos o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, e o executivo da Andrade Gutierrez, Fabio David Barra. De acordo com o delegado Igor Romário de Paula, da Polícia Federal, os dois foram detidos no Rio de Janeiro e devem chegar a Curitiba no começo da noite. As investigações da fase chamada "Radioatividade", contudo, devem continuar. “As buscas não terminaram. São empresas muito grandes e vai levar um tempo para terminar”, explicou. Durante a coletiva que explicou como funcionava o suposto esquema, que teria movimentado cerca de R$ 4,5 milhões, Athayde Costa afirmou que a corrupção estava espalhada por diversos órgãos da administração pública. “A corrupção no Brasil é endêmica e está em processo de metástase”, comparou.