CGU instaurou 30 processos para investigar empresas envolvidas na Lava Jato
O ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Valdir Simão, disse quinta-feira (16) em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, na Câmara, que a CGU já instaurou 30 processos para investigar a participação de empresas em fraudes em contratos da Petrobras. Além disso, outros 19 processos devem apurar a responsabilidade de funcionários e ex-funcionários da estatal envolvidos no esquema investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. À CPI, Simão informou que seis empresas investigadas já manifestaram interesse em celebrar acordo de leniência, que permite ao infrator participar da investigação, com o fim de prevenir e reparar dano causado. Segundo Simão, o Tribunal de Contas da União (TCU) já se posicionou em relação a cinco pedidos de acordo. “A controladoria tem atuado com a maior responsabilidade possível para identificar e punir os responsáveis e conduzir os acordos de leniência de interesse do Brasil”, frisou, segundo a Agência Brasil. Também convocado para explicar os acordos de leniência, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também defendeu a legalidade e a importância da medida. “Não existe essa escolha: ou combater a corrupção ou salvar as empresas. Temos que combater a corrupção. Mas se temos meios para combater a corrupção e ainda salvar as empresas, nós temos que utilizá-los”, disse Adams.
