Em meio a tensão, governo vence primeira na AL-BA e Lei Anticalote não fura fila de votação
Por Sandro Freitas/ Evilásio Júnior
Por 30 a 10 e uma abstenção, a bancada de governo venceu a primeira votação da noite desta segunda-feira (20) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A ala de oposição tentou, sem êxito, colocar o projeto da Lei Anticalote – que garante o pagamento de benefícios aos terceirizados demitidos do governo do Estado – para ser votado antes da resolução que pretende alterar o regimento da Casa, a fim de evitar que os contrários obstruam os trabalhos de discussão do Orçamento de 2014. O pedido de inversão da pauta partiu do líder do bloco, Elmar Nascimento (DEM), como forma, supostamente, de conseguir atrapalhar ainda mais o andamento da sessão, embora a justificativa oficial fosse explicar o porquê do posicionamento de cada parlamentar. O chefe governista, Zé Neto, lembrou da reportagem publicada pelo Bahia Notícias, em que os representantes dos dois lados acordaram que a matéria seria votada por acordo e por unanimidade, mas não conseguiu evitar a votação. O primeiro voto causou susto na base aliada, uma vez que Paulo Câmera (PDT), que retornou à AL-BA nesta segunda após deixar a Secretaria de Ciência e Tecnologia, se posicionou contra a orientação do petista, de não permitir a inversão da pauta. Como no painel ainda consta o nome de Carlos Brasileiro (PT), o sufrágio não foi computado. Nas indicações seguintes, o clima de tensão se dissipou na bancada. Em retaliação, Carlos Gaban (DEM) insuflou os prestadores de serviço, que ocupam as galerias da Casa há cinco semanas para reivindicar a apreciação da Lei Anticalote, e fez uma lista para evidenciar "quem votou contra os servidores". O presidente Marcelo Nilo (PDT) garantiu que, "nem que seja às 5h", o projeto será votado ainda na presente sessão, que só tem previsão de terminar após a meia-noite.