'Eleição do PT não pode ser contaminada. Não quero ser candidato da discórdia', diz Pinheiro
Por Evilásio Júnior
O senador Walter Pinheiro negou, em contato com o Bahia Notícias, ter se aliado ao deputado federal Nelson Pelegrino na eleição do PT em Salvador de olho na indicação à candidatura de governador do Estado em 2014. O parlamentar assegura que está mantida a sua adesão a Everaldo Anunciação, também apoiado pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa – escolhido de Jaques Wagner –, ao comando estadual da legenda. "Eu não apoiei Everaldo condicionando absolutamente nada. Na época em que apoiei Everaldo, nem a minha corrente havia definido o apoio nem tínhamos candidato em Salvador. Se, coincidentemente, Rui Costa apoia o mesmo candidato, não tem problema nenhum. Agora, no município, eu vou apoiar o candidato de Gilmar [Santiago, vereador]", avisou. Ele diz não acreditar que o processo de disputa regional possa interferir na escolha do nome que concorrerá ao Palácio de Ondina. "Não há esse alinhamento nem tão pouco a lógica de que a disputa em Salvador pode ser usada como ataque. Não tem nenhum tipo de ligação. Gilmar tentou até a última hora fazer acordo com todo mundo. Não deu certo, fechou com Pelegrino. Não existe vingança. A vingança é um instrumento na política que as pessoas que usaram, além de perder na política, perderam na saúde. Não é o PT municipal que vai interferir na escolha do candidato. A política local determina alianças diferentes daquelas estabelecidas em nível estadual e nacional. Como diz o próprio governador Wagner, a ferida local demora muito mais parar sarar; a estadual menos e a nacional menos ainda", parafraseou. Segundo o petista, ele sequer participou do processo de alinhamento entre a sua corrente – Democracia Socialista (DS) – e a de Pelegrino – Esquerda Democrática e Popular (EPD) – que definiu o lançamento do nome de Edson Valadares como postulante a chefe da sigla na capital. "Não fiz chapa contra ninguém e nem fui traído por ninguém. O povo do PT de Salvador, Gilmar e Edson, foi quem liderou o processo. Óbvio que eu defendi [ a escolha], mas é uma área que eu nem me envolvo. Nesse aspecto, quem conduz é o vereador. A minha posição não é fazer chapa contra ninguém e, sim, a favor de alguém", amenizou.
