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Policiais civis acumulariam função de agentes penitenciários, diz sindicato

Por Natália Falcón

Foto: Carol Barreto/ Tudo FM
Estruturação, capacitação e valorização. Esta é a santa trindade que precisa ser trabalhada para restabelecer a qualidade do serviço prestado pela Polícia Civil, segundo afirmaram Marcos Maurício e Bernardino Gayoso, respectivamente, presidente e secretário-geral do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc) em entrevista à Rede Tudo FM 102,5. A principal queixa é o acúmulo de funções pelos oficiais, que diante da superlotação carcerária têm que atuar como agentes penitenciários e até recebem dinheiro para isso. “Se alguém me oferece um valor para fazer alguma coisa que não é minha função, está me subornando”, conclui Gayoso. Os números atuais, segundo o Sindpoc, apontam para um cenário caótico, no qual o número de presos excedentes é 3.097, nas penitenciárias e hospitais de custódia, e 5 mil nas delegacias. Em Guanambi, no sudoeste baiano, as informações são de que todas as dependências da delegacia, o que inclui a sala do titular da unidade e do escrivão, são usadas como celas. A situação não é nova, mas diante da exigência social por uma segurança pública voltada para a prevenção, há de se considerar o escasso efetivo. “Já está deficiente. Tem que fazer segurança de repressão. Não há espaço para segurança preventiva”, pontua o presidente do sindicato. Apesar de reconhecer os avanços no que se refere ao armamento da instituição, os representantes da corporação ressaltam que o modelo de gestão do atual governo do Estado permanece deficitária. Para a associação, a primeira ação, em curto prazo, deveria ser a contratação de novos agentes para cadeias públicas e delegacias de polícia. “Reformar e ampliar é mais fácil do que construir. É preciso desafogar a superlotação e então construir novos presídios”, explica Maurício, ao se referir aos projetos posteriores.

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