Professores ocupam plenário da Câmara para pedir apoio dos vereadores contra 'Alfa e Beto'
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) utilizaram a tribuna da Câmara Municipal de Salvador, durante a sessão plenária na tarde desta segunda-feira (11), para denunciar e pedir o apoio dos vereadores para a suspensão do programa educacional fornecido pelo Instituto Alfa e Beto (IAB). O presidente da Comissão de Educação da Casa, Silvio Humberto (PSB), e os vereadores Everaldo Augusto (PCdoB), Aladilce Souza (PCdoB), Gilmar Santiago (PT) e Hilton Coelho (PSOL) se manifestaram a favor da causa. No seu discurso da tribuna popular, Jacilene Nascimento fez duras críticas ao IAB, contratado por R$ 12,3 milhões com dispensa de licitação, que, de acordo com ela, “produz uma cultura sexista, racista e enfraquece uma luta histórica da Educação que propõe a interação com os alunos”. “Não podemos chamar de opcional o direito de ser racista. Isso não é direito, é um crime”, criticou. Para o vereador Silvio Humberto, não basta “virar a página”, já que o programa tem um "problema de matriz". “Uma visão de mundo que não respeita a adversidade. Que joga por terra toda a nossa luta pelo respeito a esta diversidade”, disse. De acordo com Augusto, se pudessem ser questionadas, algumas personalidades ligadas à Educação responderiam que seriam contra o Alfa e Beto. O edil citou nomes como os educadores Anísio Teixeira, Edivaldo Boaventura e o advogado e major Cosme de Farias, que, segundo ele, “com certeza diriam 'não' a este programa”.