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Com atraso, obras do interior da Feira de São Joaquim serão iniciadas nesta quarta

Por David Mendes

Feirantes reclamam de prejuízos após transferência |Fotos: Secom
A terceira e última etapa das obras de requalificação da Feira de São Joaquim, em Salvador, será iniciada nesta quarta-feira (22). A garantia foi dada pela diretora de Equipamentos e Qualificação Urbanística da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Livia Gabrielli. O órgão, vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), é o responsável pela execução do serviço, que contará com sete fases e compreende o miolo da feira, onde estavam instalados cerca de 500 feirantes, todos transferidos para um galpão em Água de Meninos. “O governo deu a ordem de serviço no último dia 28 de dezembro. Tivemos o Révellion e a empresa responsável deu férias coletivas, o que é normal em toda empresa privada. Do dia 10 de janeiro para cá, eles começaram a mobilizar toda a parte de colocação de barracões de obras, comprar os materiais e mobilizar os trabalhadores que atuarão nas obras. Nós tivemos uma reunião com os responsáveis ontem (segunda) e eles começam nesta quarta”, explicou Livia Gabrielli, em entrevista ao Bahia Notícias.
 

Espaço provisório cedido pela Codeba em Água de Meninos
 
Conforme a dirigente, a primeira, de um total de sete fases desse último processo, tem previsão para ser concluída em até seis meses, o que garantirá o retorno de cerca de 250 comerciantes para o local de origem. Mas, entretanto, segundo o presidente da Associação dos Feirantes de São Joaquim, Nilton Ávila Filho, o prazo dado para a conclusão de toda a obra e, consequentemente, o retorno de todos os feirantes, já expirou. Segundo ele, a previsão inicial para a conclusão era até o final do ano – os feirantes foram transferidos no início de janeiro de 2012. “A Conder já deu mais de dez prazos a gente. Não aguentamos mais ouvir prazos”, criticou em entrevista ao BN. Segundo Ávila, as vendas na área provisória, cedida pela Companhia de Docas da Bahia (Codeba), não chegam a 40% do que era comercializado dentro de São Joaquim, situação que tem preocupado os feirantes. “Se continuar com essa lentidão, vai chegar 2022 e não terminou ainda. (...) Muitos não terão nem mais condições de retornar porque serão obrigados a arranjar outra atividade para conseguir, pelo menos, se sustentarem”, lamentou. Já a diretora da Conder garante que até o final de 2014 todas as sete fases programadas estarão concluídas. "A obra não está parada. Os feirantes ficam muito nervosos e ansiosos por conta de cada boxe. Eles só entendem que a obra é só para os boxes deles. Mas a obra tem um complexidade enorme, são 33 mil metros quadrados, e o Estado está cumprido as etapas. Houve um atraso durante o processo, mas isso é de conhecimento dos feirantes desde o início, porque é um trabalho muito participativo, e não tem como eles afirmarem que estão sendo enganados", afirmou Livia Gabrielli. O investimento total na revitalização do espaço é de R$ 61 milhões com recursos do Ministério do Turismo e do governo baiano, através do tesouro estadual.

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