Apesar de concurso, vereadores defendem manutenção de terceirizados no PSF; advogado acusa Sandoval de intervir para abrigar filha
Por Evilásio Júnior
Os vereadores Sandoval Guimarães (PMDB), Alcindo da Anunciação (PT) e Aladilce Souza (PCdoB) têm defendido publicamente a efetivação de funcionários terceirizados na ampliação do Programa de Saúde da Família (PSF), prometida pela prefeitura para este ano. Oficialmente, a meta da gestão da cidade é ampliar a capacidade de cobertura do PSF dos atuais 17% para 30% da população. Para tanto, o Município realizou um processo seletivo, ano passado, em que apenas cerca de 400 dos 5,4 mil servidores que atuam hoje no programa foram habilitados. Aproximadamente 5 mil profissionais deverão perder o emprego. Audiências já foram realizadas com os ministérios públicos do Estado (MP-BA) e do Trabalho (MPT), mas a situação dos profissionais não-habilitados, que deverão ser demitidos para que as vagas sejam ocupadas pelos selecionados, ainda não foi resolvida. O advogado Waldir Santos, especialista em concurso público, observa que, apesar dos protestos da categoria, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, a tentativa de manter os terceirizados em lugar de concursados é ilegal. “Ampliar o PSF não é para manter empregos, e sim para atender à população. Para cumprir a lei, quem tem que tomar posse, depois dos aprovados dentro do número de vagas, são os do cadastro de reserva”, salientou o causídico.