Eleição 2012: Wagner avalia como positiva união das oposições
Por Rafael Rodrigues
Ao abordar a eleição para a Prefeitura de Salvador em 2012, em jantar oferecido a jornalistas nesta quarta-feira (7), no Palácio Rio Branco, o governador Jaques Wagner (PT) disse não temer uma possível união dos partidos de oposição em torno de uma única candidatura para a sucessão de João Henrique (PP). Após citar os nomes de Nelson Pelegrino (PT), Alice Portugal (PCdoB) e João Leão (PP) como pré-candidatos da base, Wagner projetou que, com a oposição unida, seria mais fácil também agregar os partidos governistas para a realização de uma eleição plebiscitária. “Por mim, se juntar, a vantagem é grande para quem está no poder. A tendência do lado de cá será todo mundo se juntar. Fica o palanque de Lula, Dilma e Jaques Wagner contra o palanque do outro lado”, conjecturou, para em seguida ironizar possíveis leituras da oposição sobre sua declaração: “Vão dizer: ‘Ah, se ele está falando isso, é porque na verdade ele não quer que a gente se junte”. Em uma análise sobre o impasse dos partidos adversários, Wagner pontuou que a principal dificuldade da junção oposicionista se deve às pretensões de PMDB e DEM para 2014. “Não tem cem caminhos. Ou se juntam, ou não se juntam, não tem segredo. Só que o PMDB e o DEM estão olhando para 2014. O sabonete está caído no box e todo mundo encostado na parede”, afirmou. Para apimentar esta relação, o governador adicionou uma pitada de traição. “Está todo mundo com a desconfiança de o acordo pode acabar não ser cumprido, porque o cara acumula poder agora e diz ‘o que eu falei atrás não está valendo’. É assim que funciona. Eu não fiz uma aposta no PMDB lá atrás? Não deu certo. O cara acumulou e achou que era a vez dele. Toda vez que você faz apostas, você está apostando no perigo de amanhã”, concluiu.