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Petrobras: Greve de funcionários é motivada por falta de segurança

Por José Marques

Os empregados da Petrobras anunciaram, nesta sexta-feira (11), que a partir da próxima quarta (16) entrarão em greve por tempo indeterminado. Segundo comunicado divulgado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Químico/Petroleiro do Estado da Bahia, a paralisação foi aprovada em assembleias gerais da categoria e o anúncio foi feito com antecedência para “convocar a empresa a iniciar as tratativas necessárias para garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”. Segundo o coordenador da entidade de classe, Paulo César Martin, a principal reivindicação dos trabalhadores é a necessidade de reduzir ou evitar acidentes fatais na estatal. “Somente esse ano, houve 14 acidentes fatais na Petrobras. Nos últimos 15 anos, foram 310 registrados, 70% deles com funcionários terceirizados”, argumentou, em entrevista ao Bahia Notícias. Martin afirma que a proposta dos sindicalistas inclui um efetivo próprio de segurança para a empresa e a punição a gerentes que subnotifiquem ou escondam os acidentes no local de trabalho. “Várias ocorrências sem fatalidades não são notificadas, para eliminar os indicadores de TFCA, a Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento”, explica. Segundo o coordenador, gerentes que têm TFCA baixo ganham bônus e promoções. A medida, que tem o objetivo de reduzir os acidentes de trabalho, não funcionaria. “Ao invés de diminuir o índice de acidentes, ela está fazendo o inverso. O cara torce o pé e o gerente convence ele a fazer uma atividade que não precise andar. É um incentivo para esconder acidentes com afastamento de trabalhadores”, protesta. Outra proposta feita pelos grevistas é a redução de terceirizados em atividades permanentes, “para que trabalhadores sem treinamento adequado não atuem em áreas perigosas”. Por fim, eles pedem um aumento real de 10% em seus salários.

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