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Coluna

Juspod: Ricardo Maurício fala sobre a importância de uma educação "ecocêntrica"

Por Aline Gama

Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

Durante o 3º Congresso Direito e Sustentabilidade, realizado em Salvador, o professor Ricardo Maurício Freire, advogado, pós-doutor em Direito e titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em uma entrevista a edição especial do Juspod, apresentado pela advogada Karina Calixto, falou acerca das relações entre desenvolvimento econômico, proteção ambiental e o marco legal brasileiro.

 

Questionado sobre a importância de reunir, num mesmo evento, acadêmicos, juristas e empresários, o professor destacou o caráter singular da iniciativa. "A sustentabilidade requer dos governantes, dos cidadãos e das entidades civis a compreensão de que o ser humano não pode ser isolado da natureza", afirmou. Ele elogiou a organização que promoveu um debate concreto e não abstrato, que pode "resultar na efetivação de políticas públicas para todos os governantes".

 

Maurício Freire enxerga a Bahia e o Brasil em um momento de projeção. Ele fez a conexão entre o congresso em Salvador e a COP30, que será realizada em Belém, vendo o evento local como uma preparação para os debates internacionais. "A Bahia está vivendo um momento muito positivo", comentou, atribuindo a efervescência de eventos jurídicos e corporativos à iniciativa de diversas instituições, OAB, Tribunal de Justiça, Ministério Público e academia, e ao dinamismo que esses eventos trazem para o turismo e a economia local.

 

Por fim, ao ser questionado sobre a disparidade entre a robustez da legislação ambiental brasileira e os constantes desrespeitos a ela, o professor foi enfático: "Eu sempre bato nessa tecla: da educação". Para ele, o grande vetor de mudança é a disseminação da educação ambiental nas escolas, universidades e na atuação do poder público, implementando um paradigma "ecocêntrico centrado na ideia de sustentabilidade".

 

O caminho inarredável, concluiu, é o do desenvolvimento sustentável, que aproveita as potencialidades naturais e culturais do país sem abrir mão do crescimento econômico e da melhoria das condições sociais.

 

Veja entrevista completa: