Entendendo a previdência: Como evitar perder dinheiro para o INSS?
Você sabia que milhares de brasileiros perdem dinheiro todos os anos por erros do INSS ou pela falta de um bom planejamento previdenciário? Seja na hora de contribuir, solicitar um benefício ou revisar valores, pequenas decisões podem gerar grandes prejuízos — ou economias.
Os erros mais comuns do INSS na concessão de benefícios
Infelizmente, não é raro o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) errar ao analisar pedidos de aposentadoria, pensão ou auxílios. E o problema não é pontual — os números revelam que milhões de segurados são prejudicados por análises incorretas todos os anos.
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que, somente em 2023, cerca de 13,20% dos pedidos analisados manualmente foram indeferidos de forma equivocada. Isso representa entre 1,90 milhão e 2,20 milhões de benefícios negados indevidamente. Pior ainda: entre 250 mil e 290 mil desses indeferimentos ocorreram sem justificativa válida.
E os problemas não param nas análises feitas por servidores. A chamada "triagem automática" — feita por sistemas informatizados — também apresenta falhas preocupantes. Entre janeiro e maio de 2024, 10,94% dos pedidos processados automaticamente foram indeferidos incorretamente. Estima-se que, neste período, mais de 100 mil pessoas deixaram de receber benefícios a que tinham direito por conta de erros dos sistemas.
Esses dados alarmantes indicam que mais de 1 em cada 10 segurados vinculados ao INSS tem seu pedido negado de forma errônea, seja por falhas humanas ou tecnológicas. E muitas dessas pessoas só conseguem reverter a situação através de recursos administrativos ou ações judiciais.
Entre os erros mais frequentes cometidos pelo INSS, estão:
- Desconsideração de vínculos empregatícios antigos, especialmente quando não há registro em carteira;
- Não reconhecimento de contribuições feitas em atraso ou indenização, muito comuns entre autônomos e contribuintes individuais;
- Erro no cálculo do valor do benefício, especialmente após as mudanças trazidas pela Reforma da Previdência de 2019;
- Negativas indevidas de benefícios por incapacidade, mesmo com apresentação de laudos e documentos médicos consistentes.
- Essas falhas reiteram a importância de acompanhar de perto os processos previdenciários e, sempre que necessário, buscar orientação especializada para garantir que os direitos do segurado sejam plenamente respeitados.
Como contribuir ao INSS sem pagar mais do que o necessário
Muitas pessoas acreditam que pagar mais ao INSS significa um benefício maior — mas isso nem sempre é verdade. Conhecer as alíquotas e as regras pode significar uma grande economia.
Veja algumas formas mais econômicas de contribuir:
- Contribuinte individual ou MEI pode optar pela alíquota reduzida de 5% ou 11%, desde que não deseje aposentadoria por tempo de contribuição.
- Facultativo de baixa renda (pessoas sem renda própria que se dedicam exclusivamente ao trabalho doméstico em sua casa, por exemplo) também pode contribuir com apenas 5% do salário mínimo.
- Planejamento das contribuições: nem sempre vale a pena contribuir com o teto.
- Antes de pagar, é importante saber qual é o benefício esperado e quanto você precisa e pode realmente contribuir para atingi-lo.
E as revisões? Você pode estar perdendo dinheiro!
Se você já recebe um benefício do INSS, este pode estar sendo pago a menor — e você nem sabe disso.
Algumas situações que podem justificar uma revisão de benefício:
- Inclusão de vínculos ou salários que não foram considerados pelo INSS;
- Benefícios concedidos antes ou depois da última reforma da previdência e não foi aplicada melhor regra;
- Revisões reconhecidas judicialmente – Revisão Atividades Concomitantes; para reconhecimento de tempo especial; Revisão da Aposentadoria por invalidez permanente, etc.
- Fique atento ao prazo: em geral, a revisão só pode ser solicitada até 10 anos após a concessão do benefício, diferentemente dos benefícios indeferidos, que não tem este prazo.
- O planejamento previdenciário: O Caminho Mais Seguro
- Não é necessário esperar chegar à idade da aposentadoria para pensar nisso. Fazer um planejamento previdenciário hoje pode ser a chave para garantir um benefício maior no futuro — sem desperdício de dinheiro e com contribuições diluídas em maior tempo.
Com o planejamento, é possível:
- Definir a melhor forma e valor de contribuição;
- Corrigir lacunas no tempo de contribuição;
- Simular cenários de aposentadoria e datas ideais para o pedido;
- Evitar contribuições desnecessárias ou indevidas.
Assim perder dinheiro para o INSS é mais comum do que se imagina — mas é possível evitar. Com informação, orientação profissional e decisões bem pensadas, você pode contribuir melhor, gastar menos e se aposentar com o que realmente tem direito.
Se você está contribuindo para o INSS ou já recebe algum benefício, vale a pena revisar sua situação. Afinal, o seu futuro merece ser planejado com atenção e economia.
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