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Após dois meses da estreia, Diggo grava novo audiovisual do Pagodiggo e celebra sucesso do projeto: "Sentimento de naturalidade"

Por Bianca Andrade

Foto: William Rocha

Dois meses separam a estreia do Pagodiggo, projeto de pagode/samba do cantor Diggo, no Clube do Samba, no Pelourinho, da 2ª gravação do audiovisual da festa, que acontece neste sábado (13), no Doca 1, no Comércio, em Salvador. E de lá para cá, muita coisa mudou. 

 

A festa, que no primeiro momento aconteceu para um público menor, e de forma tímida, ganhou a pompa que o samba merece - e que tem tido nos últimos anos. O novo audiovisual será gravado pela equipe da Macaco Gordo e Diggo garante surpresas para o público.

 

“Eu sinto que era algo que eu já precisava ter feito, sabe? Era o sentimento de naturalidade, de ser confortável para mim. Estar nesse meio do pagode, do samba, o pagodinho. Parece que é uma coisa que já era para eu ter feito há muito tempo, mas que, ao mesmo tempo, foi a hora certa, sabe? E sinto muita felicidade, felicidade mesmo. Algo que eu nunca senti de nenhum projeto meu, no fundo do meu coração. Foi o primeiro projeto que eu fiz agora, que eu me emocionei, que eu tenho vontade de ficar ouvindo toda hora e assistir. É uma coisa muito diferente”, conta o artista ao Bahia Notícias.

 

Foto: Enzo Angelo

 

Pode ser cedo para utilizar a expressão "olhar para trás", afinal, o "bebê" tem apenas dois meses de idade, mas os frutos colhidos por Diggo já conseguem encher uma cesta e ainda dá para dividir a colheita com outras pessoas. Para o artista, que precisou provar que o pagode/samba para ele não era estar surfando na boa onda que o estilo pegou, ver o projeto crescer da forma que vem acontecendo é motivo de orgulho.

 

“A maior dificuldade de tirar o Pagodiggo do papel foi eu achar que as pessoas iam achar que eu estava cantando pagode porque estava no hype. Eu gosto muito do que eu fazia, do Pagotrap, e não vou matar as coisas que eu fazia antes, mas agregar o trabalho do samba/pagode a isso que eu faço.”

 

Na edição deste sábado, o artista irá apresentar músicas inéditas em colaboração com parceiros da composição. Diggo também recebe nomes como Rafinha RSQ, Ítalo Melo, Lary, BG e grupo brasiliense Benzadeus, que irá gravar um audiovisual em Salvador na próxima semana de forma gratuita no Pelourinho.

 

Ao BN, Diggo pontuou que, apesar de abrir espaços para outros artistas em seu show, não se sente como um impulsionador de novos artistas, por sua atitude ser algo natural e por ser algo com quem é "da casa". 

 

Foto: William Rocha/ Enzo Angelo

 

“Eu não me vejo nesse lugar de impulsionar novos artistas. O que na minha cabeça faz sentido é que eu chamo meus amigos, né? Minha galera. A galera que eu acredito, a galera que eu acho f*da o trabalho, sabe? E aí eu chamo essa galera para estar comigo ali. Eu não consigo me botar nessa prateleira [de impulsionador], mas é mais uma onda de estar todo mundo junto mesmo, energia boa e mostrar para a galera que curte o meu trabalho, o trabalho dos meus amigos também”, conta ele.

 

Ao site, Diggo, que não restringe suas composições apenas ao pagode/samba, fez uma análise sobre o cenário do estilo musical nos dias de hoje, e conta que percebe uma crescente no consumo. "Eu acho que o crescimento do samba está na cara aí de todo mundo. Não tenho o que negar. E acho que pelo samba ser um movimento mais popular, o público está querendo buscar algo mais intimista, eventos com uma experiência. Acho que os eventos estão ganhando mais forma".

 

 

O dado não é aleatório, especificamente em Salvador. O levantamento feito pelo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Cultura nas Capitais, divulgada em abril deste ano, indicou que a vertente do samba, o pagode, está em terceiro lugar na lista dos ritmos favoritos dos moradores da capital baiana.

 

Mas, para Diggo, o que tem crescido, além do consumo do estilo musical, são festas que se voltam para a experiência do consumidor, as famosas labels, algo que o samba consegue vender bem. “Os eventos mais alternativos, de pessoas independentes estão ganhando mais forma porque a galera está buscando isso. Buscando mais uma experiência de evento, um evento mais intimista, algo mais fim de tarde, e aí acaba que o samba agrega nisso tudo”.

 

E já que o samba está em alta, e Diggo tem em seu catálogo de composições diversos sucessos, o Bahia Notícias não poderia perder a oportunidade de saber de um "caneta de ouro" qual música ele gostaria de ter composto. "Eu queria ter feito 'Disfarça' do Sorriso Maroto. Queria muito ter feito essa música, que é a música que eu mais canto. Eu não sei o porquê, mas além de querer ter feito ela, eu também acho a minha cara".

 

 

A canção citada por Diggo é uma composição de Sergio Junior, que é responsável por outros sucesso da banda carioca, como 'Sinais', '1 Metro e 65' e 'A Primeira Namorada'.


A edição deste sábado (13) do PagoDiggo ainda tem ingressos à venda. Quem quiser curtir a festa de perto, para não precisar esperar o lançamento do 2º audiovisual, pode adquirir os ingressos no site Meu Bilhete a R$ 80.