Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Entretenimento

Notícia

Samba de São Lázaro ganha edição especial no Pelourinho em 2025; festa gratuita na Federação pode não voltar a acontecer

Por Bianca Andrade

Foto: Instagram

O Samba do São Lázaro nos moldes anteriores se tornou uma dúvida para 2025. Após os problemas encontrados no final de 2024, entre eles a redução do horário da festa realizada em frente a Igreja de São Lázaro, na Federação, a festa “deu uma segurada”, expressão utilizada por um dos organizadores do evento para informar que não há previsão de retorno do samba gratuito para o verão de Salvador.

 

Como forma de contornar a situação, o evento terá uma edição especial em 2025 e em um novo endereço e um novo dia. 

 

No sábado, 4 de janeiro, o ‘Samba de São Lázaro’ será realizado no Largo da Tieta, com som comandado pela banda Oz Favoritos, a mesma que fazia a festa em São Lázaro. A festa, que tem início previsto para às 19h, já está com ingressos sendo vendidos no Sympla e custam R$ 20.

 

Ao Bahia Notícias, Thiago da Silva, um dos organizadores do evento, explicou que foi procurado por empresários do Largo da Tieta, interessados em levar o Samba de São Lázaro para o local. “Ele chamou a gente para fazer um acordo. Aí, no caso, a gente ganha 15% no valor da bilheteria. Mas a entrada, a bebida, é tudo com ele. Se der gente, a gente ganha, se não dá, não ganha nada”, contou.

 

O evento no Pelourinho é uma forma de manter o samba vivo. “Praticamente o evento daqui, o Samba de São Lázaro, acabou. Esse vereador [Duda Sanches], prejudicou o samba todo. A gente só está conseguindo licença até 22h, duas horas de samba não tem como”.

 

No contato com o site, o organizador do Samba do São Lázaro afirmou que a situação com a festa prejudicou diversas famílias que dependiam da renda arrecadada no samba através da venda de comida e bebida. 

 

Segundo Jane Ramos, que organiza o samba junto com Thiago, são quase 40 famílias que tem o evento como renda em casa. 

 

“Tem muita gente falando que está com dificuldade de pagar a conta de luz, que está com a água atrasada. Aqui o samba é uma fonte de renda, tem gente aqui que depende do samba para viver. Imagina a pessoa chegar e falar para você que nem ano novo pôde fazer nada, nem Natal, porque o samba não estava acontecendo e não estava entrando dinheiro?.”

 

O Samba de São Lázaro chegou a ter um evento-teste no final de 2024, porém, para os organizadores, a festa acabou não sendo rentável, já que o horário continuou reduzido e com o isso, o público também ficou reduzido.

 

“Esse evento-teste, quando eu fui na prefeitura para poder tirar a documentação, só liberaram até Às 22h. A gente tentou ver nesse horário para saber se conseguiria manter, mas o público diminuiu. A gente chegou a colocar 1.500, 2 mil pessoas aqui. Com esse novo horário a gente conseguia colocar 10. O pessoal gastou com gelo, gastou com bebida, com banda, segurança, e não teve retorno. Antigamente a barraca fixa vendia 20 caixas de cerveja. A gente não conseguiu vender meia caixa em uma noite.”


Em entrevista à Antena 1, o vereador Duda Sanches desconsiderou a possibilidade da festa ter o horário entendido. 

 

“Infelizmente, a gente não consegue fazer uma festa que acontece com essa regularidade, se autorizando a passar do horário das 10 horas, todas as sextas-feiras. O Guetho passou muitos anos fechado por ordem do Ministério Público, porque ele não conseguia se adequar. Hoje quem vai no show da Timbalada, de Carlinhos Brown, 22 horas acaba o som, custe o que custar e não tem mais show. Acontecer todas as sextas com autorização da prefeitura passando das 10 horas não é uma possibilidade.”