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Fundador do Ile Aiye, Vovô fala sobre reconhecimento dos 50 anos do bloco afro: “Não posso fazer sozinho”

Por Laiane Apresentação / Ana Clara Pires

Foto: Laiane Apresentação / Bahia Notícias

O fundador do Ilê Aiyê, Antônio Carlos “Vovô”, definiu que para o legado do bloco afro perdurar por anos é necessário que a sociedade reconheça que “Salvador é uma cidade negra”. Vovó conversou com a equipe do Bahia Notícias durante o show em comemoração aos 50 anos do Ilê.

 

“Falta tratamento igualitário, falta começar a reconhecer que Salvador é uma cidade negra. Dizemos que Salvador é a capital afro e a terra do Axé, a roma negra, mas aqui o Apartheid funciona muito forte. O racismo se instalou, não adianta todo mundo reconhecer que é uma cidade negra e o negro sempre ser vilão até provar que não”, declarou Vovô.

 

Ele finalizou declarando que faltam gestores negros na política. “Nós temos uma campanha desde 2005, eu quero alguma mulher negona governando nessa cidade. Eu quero ver um prefeito ou uma prefeita negra. Mas não depende só dos partidos, depende do povo negro votar certo. Branco não vota em negro e negro não vota negro. Ficará difícil e eu sozinho não consigo resolver isso”, completou.

 

No evento, também estavam presentes os diretores do bloco, Macalé Santos, um dos fundadores do Ilê, o diretor artístico Elísio Lopes Jr.