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Por causa da crise fiscal, governo precisará de crédito extra de R$ 367 bilhões em 2020

Por Thiago Resende E Bernado Caram | Folhapress

Foto: Reprodução / G1

De acordo com o Orçamento de 2020, o governo precisará de autorização do Congresso para gastar R$ 367 bilhões com recursos a serem obtidos com títulos do Tesouro -reflexo da crise nas contas públicas.

É o segundo ano consecutivo que o Executivo prevê o descumprimento da chamada regra de ouro.

Essa norma impede o governo de se endividar para pagar despesas correntes, como salários, Previdência e benefícios assistenciais.

Cabe ao Congresso a autorização para que os recursos possam ser, então, obtidos pelo endividamento.

Em 2019, o ministro Paulo Guedes (Economia) pediu ao Congresso para que houvesse uma exceção e os parlamentares aprovaram o crédito especial para que R$ 248 bilhões sejam usados em transferências assistenciais, aposentadoria e Bolsa Família.

Para 2020, a equipe econômica precisará de um valor ainda maior a ser obtido com títulos públicos: R$ 367 bilhões.

Isso quer dizer que, sem a autorização do Congresso, o governo não poderá se endividar para bancar despesas previdenciárias, salários, Bolsa Família, seguro-desemprego e financiamento de campanha eleitoral, por exemplo.

Essa estratégia é semelhante à adotada no Orçamento de 2019. Ao vincular o aval do Congresso a gastos sociais, a resistência à medida cai.

O Legislativo autorizou o governo a descumprir a regra de ouro em 2019 quando faltavam poucos dias para começar a faltar dinheiro para o BPC, benefício assistencial pago a idosos carentes e deficientes.

Mesmo a oposição no Congresso não queria deixar a população mais vulnerável sem o benefício.

Por causa da crise nas contas públicas, o Ministério da Economia projeta o descumprimento da regra de ouro ao menos até 2022. Ou seja, durante todo o governo do presidente Jair Bolsonaro.

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