Defesa de Harvey Weinstein tenta anular condenação após jurado dizer que foi pressionado
A defesa de Harvey Weinstein entrou com um pedido na Justiça de Nova York para anular a condenação por crimes sexuais imposta ao antigo produtor de Hollywood, em junho. O argumento central é o relato de um jurado que afirma ter sido pressionado a considerar Weinstein culpado durante as deliberações.
O júri de Manhattan considerou Weinstein culpado por ato sexual criminoso de primeiro grau no caso da ex-assistente do reality "Project Runway", Miriam Haley. Ele foi absolvido da acusação envolvendo a ex-modelo Kaja Sokola, enquanto a denúncia de estupro terminou sem veredito após o presidente do júri se recusar a continuar as discussões.
Segundo o advogado Arthur Aidala, o jurado procurou a defesa logo após o anúncio da decisão. Com base nesse depoimento e em outro colhido após o julgamento, os advogados protocolaram, em outubro, um pedido formal para anular a sentença. "O que estamos pedindo ao juiz, no mínimo, é que haja uma audiência", disse Aidala ao The Hollywood Reporter.
A audiência, prevista inicialmente para dezembro, foi remarcada para o início de janeiro. O juiz Curtis Farber pode decidir pela anulação do veredito, autorizar uma oitiva com o jurado ou manter a condenação e avançar com os preparativos para um novo julgamento por estupro, relacionado à acusação de Jessica Mann.
Os promotores se opuseram ao pedido em documento apresentado em novembro, afirmando que relatos sobre conflitos internos do júri não permitem, pela lei, a anulação de uma condenação. Weinstein segue preso em Rikers Island, ainda sem sentença definida em Nova York, e também enfrenta uma pena de 16 anos na Califórnia.
