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Notícia

Tribunal do Júri absolve policial acusado de matar o lutador Leandro Lo em SP

Por Isabella Menon | Folhapress

O Tribunal do Júri absolveu por maior de votos, nesta sexta-feira (14), o tenente Henrique Otávio Oliveira Velozo, que era acusado de matar o lutador Leandro Lo, em 2022.
 

Sete jurados, sendo cinco mulheres e dois homens, fizeram parte do chamado conselho de sentença. A sentença foi dada pela juíza Fernanda Jacomini, da 1ª Vara do Júri.
 

O júri teve início nesta quarta-feira (12), no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste.
 

Em entrevistas anteriores, o advogado Claudio Dalledone, que representa o policial, afirmou que seu cliente agiu em legítima defesa.
 

O alvará de soltura do policial, preso de forma preventiva (sem prazo), já foi expedido, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo.
 

À Folha de S.Paulo, o advogado Adriano Vanni, que defende a família de Lo, afirmou que a decisão da Justiça é soberana, mas cabe recurso e eles devem recorrer.
 

"Vamos trabalhar até o fim", afirma Vanni. "Eu não consigo entender legítima defesa, mas o jurado entendeu que foi legítima defesa, mesmo ele tendo dado um tiro na cabeça de um cara desarmado, dentro de uma festa, ter fugido, os jurados entenderam que houve legítima defesa e a gente tem que respeitar decisão judicial", afirma.
 

Em maio, o júri foi suspenso pela Justiça. A medida atendeu a um pedido da defesa de Velozo. Seus defensores protocolaram ação contra o magistrado responsável pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, o que foi aceito pelo desembargador Marco Antônio Cogan.
 

Segundo os advogados, "o juiz determinou, de forma unilateral, às vésperas da sessão, a exclusão dos assistentes técnicos da defesa, que estavam previamente autorizados a participar do julgamento". Um deles seria um perito contratado pelos defensores. Eles viram um possível desequilíbrio na condução dos trabalhos.
 

O júri foi remarcado para agosto. Porém, na nova data, foi dissolvido poucas horas após o início, por causa de desentendimento entre acusação e defesa. Então, o julgamento foi marcado para começar nesta semana.
 

O CASO
 

Lo tinha 33 anos quando foi assassinado, na madrugada do dia 7 de agosto de 2022. Ele estava em um show do grupo de pagode Pixote, no Esporte Clube Sírio, no bairro Planalto Paulista, quando foi baleado na cabeça pelo tenente Velozo.
 

A investigação aponta que o policial deixou o local e se dirigiu para um prostíbulo. Depois, acompanhado, foi para um motel na marginal Pinheiros. Ele se entregou à Corregedoria da PM na mesma noite.
 

Ivã Siqueira Junior, advogado da família do lutador, disse na época do crime que, segundo testemunhas, o desentendimento teve início depois de um homem entrar na roda de amigos de Lo, pegar uma garrafa de bebida e começar a chacoalhá-la. Ao mesmo tempo, o homem estaria encarando o lutador, como forma de provocação.
 

Lo teria, então, derrubado o homem e o imobilizado. Outras pessoas se aproximaram e separaram a briga, sem ter havido agressões, de acordo com relatos de testemunhas aos quais o advogado da família afirma ter tido acesso.
 

O homem teria, então, sacado uma arma e, de frente para a vítima, disparado uma única vez na cabeça do lutador, que foi atingido na testa. O atirador teria ainda chutado duas vezes a cabeça de Lo, enquanto este estava caído no chão, segundo colegas do campeão mundial.
 


 


 

 

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