Ministério Público, Receita Federal e polícia fazem operação sobre o PCC no ramo de combustíveis
O Ministério Público de São Paulo, a Receita Federal e a Polícia Militar realizam na manhã desta quinta-feira (25) uma operação para cumprir 25 mandados de busca e apreensão contra o envolvimento do PCC no ramo de combustíveis e de jogos de azar.
A ação é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, realizada no dia 28 de agosto, contra suspeitos de usar postos de combustíveis, empreendimentos imobiliários, motéis e lojas de franquia para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
As buscas, solicitadas à Justiça pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), ocorrem em endereços ligados ao empresário Flávio Silvério Siqueira e à empresa BK Bank.
Elas ocorrem em endereços de São Paulo, Santo André, Barueri, Campos do Jordão, Osasco, Santos e Bertioga. Participam da operação 64 servidores da Receita Federal e 28 do Ministério Público, além de representantes da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo e cerca de 100 policiais militares.
Segundo o Gaeco, a partir da apreensão de máquinas de cartão de crédito em casas de jogos de azar localizadas em Santos, no litoral de São Paulo, foram realizadas apurações que levaram à identificação de Silvério como responsável por lavagem de dinheiro, assim como o uso do BK Bank para essa finalidade.
As irregularidades envolveriam também outras pessoas físicas e jurídicas, alvos da operação desta quinta.
Os investigadores apontam que parte do lucro da organização criminosa é proveniente de crimes de adulteração de combustíveis, com postos vinculados a Silvério.
Segundo a Receita Federal, recursos de origem ilícita eram inseridos no setor formal por meio de empresas operacionais. Esse movimento acontecia por maquininhas via fintechs, e posteriormente os recursos lavados eram reinvestidos em negócios, imóveis e outros ativos, por meio de Sociedades em Conta de Participação (SCP).