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Receita endurece regras para importação de combustíveis após operação contra PCC

Por Luany Galdeano | Folhapress

Foto: Reprodução / Receita Federal

A Receita Federal publicou, nesta quarta-feira (24), uma portaria com medidas para o combate a crimes em importações, com regras mais restritivas para a compra de combustíveis. A portaria surge quase um mês depois da Operação Carbono Oculto, deflagrada no fim de agosto, que mostrou a infiltração do PCC (Primeiro Comando da Capital) na cadeia produtiva do setor de combustíveis e do mercado financeiro, incluindo fintechs.
 

Segundo a Receita, as iniciativas visam intensificar o combate a fraudes, sobretudo no caso das compras que escondem o real vendedor, comprador ou responsável por uma operação.
 

Entre as novas regras, estão o tratamento prioritário para crimes tributários e de aduana, com maior articulação entre a Receita e os órgãos de segurança pública.
 

O despacho aduaneiro antecipado, quando mercadorias são liberadas antes da chegada ao país de destino, terá regras mais restritivas no caso de petróleo, etanol e combustíveis. Para o importador ter direito ao despacho, precisará de uma autorização formal da Receita.
 

A Coordenação-Geral de Administração Aduaneira, vinculada à Receita, poderá ainda exigir requisitos adicionais para a importação de petróleo e seus derivados, além de outros combustíveis. Essa exigência será dispensada no caso de empresas com maior índice de conformidade.
 

A força-tarefa na Operação Carbono Oculto teve cerca de 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, suspeitos de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato.
 

Segundo as investigações, o PCC sequestrou o setor de combustíveis, com influência sobre toda a cadeia produtiva, incluindo estrutura portuária, formulação e refino, transporte, distribuição, postos de abastecimento e lojas de conveniência.
 

Na última semana, a Receita já havia deflagrado a Operação Cadeia de Carbono, para investigar irregularidades na importação de combustíveis. A operação visa desarticular organizações criminosas que ocultam reais importadores do produto, além da origem dos recursos financeiros. Segundo a Receita, os criminosos usam dessa estratégia para lavar dinheiro e sonegar impostos.

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