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Alckmin afirma que o Brasil não vai desistir da negociação com os EUA

Por Cristina Camargo | Folhapress

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD) afirmou nesta quarta-feira (20) que o Brasil vai insistir na negociação comercial com os Estados Unidos contra o tarifaço de 50%.
 

"Vamos continuar negociando permanentemente", disse em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews. "O Brasil está sendo injustiçado. Temos que separar questões de natureza político-partidária e do Judiciário. No Estado de Direito, os poderes são separados".
 

O vice-presidente admitiu que a última conversa com o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, ocorreu há algumas semanas, mas insiste no diálogo entre as áreas técnicas.
 

Ele reafirmou que não há justificativa para a taxação e disse que o Brasil está entre os únicos países do G20, que reúne as maiores economias do mundo, com quem os EUA têm superávit, ao lado do Reino Unido e da Austrália.
 

"A orientação do presidente Lula tem sido essa: diálogo, diálogo, diálogo", disse.
 

Segundo o vice-presidente, a conversa entre os dois países continua por meio dos canais institucionais e é possível avançar nesse sentido, com o objetivo de excluir mais produtos da tarifa de 50% e reduzir alíquotas.
 

Entre as possíveis concessões, ele falou sobre a possibilidade de um acordo de não bitributação com os EUA e de investimentos recíprocos. Citou estudos na área de minerais estratégicos e o lançamento de um programa para atração de datas-centers.
 

Alckmin afirmou que Lula falará com o presidente americano, Donald Trump, quando houver mais clareza na relação entre os dois países. Ressaltou, também, que essa conversa precisa ser preparada.
 

Ele disse acreditar que a tensão entre Brasil e EUA, a partir de processos no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é uma questão que vai passar. Alckmin criticou os "maus brasileiros" que divulgam informações erradas no exterior.
 

Nesta quarta, o vice-presidente afirmou que uma nova normativa do Departamento do Comércio americano deve aumentar a competitividade de produtos brasileiros com componentes de aço e alumínio exportados para os EUA.
 

De acordo com ele, o total de exportações beneficiadas soma cerca de US$ 2,6 bilhões.

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