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Notícia

Ex-meia do Vitória, Hugo relembra dificuldades no Barradão: "Jogadores chegavam de carona em caminhão de lixo"

Por Thiago Tolentino

Foto: Igor Barreto/Bahia Notícias

O ex-jogador do Vitória e ídolo do futebol mexicano, Hugo Aparecido, foi o convidado do episódio #74 do BN na Bola, exibido na última terça-feira (23), no canal do Bahia Notícias, no YouTube. Durante a resenha, o ex-atacante resgatou lembranças marcantes da sua trajetória e destacou um dos símbolos mais importantes para o torcedor rubro-negro: o Barradão.
 

Para Hugo, desde a sua inauguração, o estádio Manoel Barradas foi um fator determinante para a identidade e a força do clube em campo.
 

"O time que chega no Barradão tem que te respeitar, porque ali é sua casa. Você vai deixar o cara fazer o samba do jeito que ele quer? Não. Ele vai ter que dançar a música que você botar pra tocar. Era isso o que senti em 95. Os times chegavam respeitando o Vitória. Você conhece os detalhes da sua casa, e em casa é outra coisa. Isso, com certeza, ajudou muito o Vitória", afirmou.
 

CONSTRUÇÃO DO BARRADÃO
Inaugurado em 11 de novembro de 1986, o Barradão foi erguido em uma área de difícil acesso, no bairro de Canabrava, então marcada pelo aterro sanitário de Salvador. O desafio para consolidar a nova casa foi enorme: de acordo com Hugo, jogadores da base chegavam de carona nos caminhões de lixo para treinar, e o campo dividia espaço com urubus atraídos pelos resíduos. 
 

"É o que eu digo, e é isso que às vezes me entristece quando a pessoa não conhece a história do Vitória ou não dá importância para essa luta. Quando cheguei no Vitória em 87, o lixo da cidade ficava em Canabrava. A gente ia treinar e o muro do Barradão era cheio de urubus, porque viviam ali do lixo. Numa tarde de chuva, quando batia o sol, era só o cheiro. Bigu e Lulinha pegaram hepatite, supostamente dessa insalubridade. O Vitória sempre foi uma luta."
 

O estádio, que recebeu o nome em homenagem ao ex-presidente Manoel Barradas, nasceu como símbolo de resistência e de afirmação rubro-negra. Apesar das críticas e do apelido pejorativo de “Barralixo”, a arena se transformou em fortaleza. Nos anos 1990, período citado por Hugo, o Vitória viveu sua "era de ouro": títulos estaduais, finais nacionais e jogadores revelados para o mundo.


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