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Entrevista

Fernanda Lordelo avalia dados de direitos humanos na Bahia e aponta desafios no combate à violência contra mulheres e jovens

Por Eduarda Pinto

Foto: Divulgação

No comando de uma pasta vinculada a promoção dos diretos humanos, a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordelo, avaliou os números divulgados pelo Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Conforme o painel, vinculado ao Ministério de Direitos Humanos, a Bahia registrou um total de 34.026 denúncias de violação de direitos humanos no ano de 2024.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, a gestora avalia que os desafios no combate as violências contra a mulher e contra a juventude — que despontam entre as principais registradas pelo MIDH — se dão em decorrência dos cenários em que ocorrem as violações. O painel aponta que o principal cenário da violação é “casa onde reside a vítima e o suspeito”. 

 

“Esse é um problema nacional. Nós temos aí, para as mulheres, a sinalização de estar sofrendo violência, vir buscar o apoio técnico especializado. Eu costumo dizer que quando a mulher fala que está sob violência doméstica ou familiar, não nos cabe julgar a condição e sim acompanhá-la para um serviço especializada, porque o serviço não é necessariamente abrir automaticamente um boletim de ocorrência, mas fazer uma escuta, um acolhimento para essa mulher compreender a sua violência e com essa rede, decidir o que é melhor naquele momento”, explica. 

 

Ela conta que ao falar da violência doméstica, é necessário incluir as crianças e jovens. “No caso de crianças e adolescentes, é bom se dizer que quando a mãe é vítima de violência, esses filhos são testemunhas da violência ou também vítimas da violência. No município, nós temos também a Coordenação e Núcleo de Escuta Especializada, que fica na Diretoria da Infância e Juventude, e esse órgão também tem toda uma particularidade para atuar com uma rede de proteção à criança”, delimita. 

 

Essa rede de proteção, citada pela gestora, possui um formato interseccional, incluindo a Defensoria Pública, Ministerio Público, Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e até mesmo a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DERCCA) e a Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI). 

 

“É importante destacar que para a violação sexual infantojuvenil, o maior desafio que nós temos é porque mais de 70% dos casos são nos ambiente familiares. É muito difícil saber dessa denúncia, porque muitas vezes a denúncia vem de terceiros. Então, nós precisamos que as pessoas também denunciem para que o conselho tutelar possa chegar na casa dessas famílias, para que o sistema de Justiça e o Poder Público, através de suas políticas, possam efetivamente chegar às famílias”, completa.

 

O Bahia Notícias divulga entrevista completa com a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordelo, nesta segunda-feira (17), a partir das 11h10, com todas as informações sobre a atuação da pasta na promoção dos direitos humanos.

 

Confira o trecho da entrevista: 

 

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