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Entrevista

Titular da SPMJ, Fernanda Lordelo destaca avanços na defesa dos direitos das mulheres em Salvador

Por Eduarda Pinto

Foto: Reprodução / Redes Sociais

No mês em que é as campanhas estão direcionadas à promoção e defesa dos direitos das mulheres, a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordelo, faz um balanço de seus mais de quatro anos de gestão na área. Em entrevista ao Bahia Notícias, a gestora afirmou que, considerando a complexidade dos temas abordados na secretaria, uma dos maiores evoluções na promoção de direitos das mulheres soteropolitanas foi a criação do Observatório Municipal da Violência contra a Mulher. 

 

A criação do Observatório, em 2022, foi efetivada pelo decreto 35.220 que institui o Programa "Alerta Salvador - Juntos pela Erradicação da Violência contra a Mulher". Fernanda conta que é por meio desses aparelhos que a secretaria consegue observar padrões sociais e fomentar novas políticas públicas. 

 

“Com a criação do observatório, nós mapeamos todas as situações [de violência] e dados. Os dados do Observatório ficam na página da SPMJ e através disso, temos também um mapeamento, através do plano de planejamento estratégico da prefeitura, dos nossos atendimentos. Então, mensuramos os nossos atendimentos, o volume de atendimentos, deslocamento de equipe. Todos os nossos dados são levantados”, afirma. 

 

E finaliza: “Até na Casa da Mulher Brasileira, nós temos um órgão psicossocial e existe um sistema que foi criado e todos da rede do sistema atuam e conseguem mensurar esses dados de medidas protetivas, de acompanhamento, os direcionamentos junto aos demais órgãos dentro da casa”, diz.

 

No que diz respeito aos números relacionados a violência contra a mulher e o feminicídio — um crime de ódio baseado, majoritariamente, na desigualdade de gênero —, a secretária aponta que o combate necessita de uma equipe multidisciplinar e interseccional. 

 

“É uma luta constante. A rede de enfrentamento à violência contra a mulher é bem complexa, mas é uma rede muito unida. É um trabalho que não se faz só. Há uma relação muito próxima com a Defensoria Pública, Ministério Público, Deam [Delegacia Especial de Atendimento a Mulher], Defensoria Pública, com o [Governo do] Estado. Então, não dá para se trabalhar a pauta de violências, sem a gente ter, realmente, um grupo de pessoas integradas”, ressalta. 

 

Em 2024, a Bahia diminuiu em 30,2% nos eventos de violência em comparação ao ano de 2023. Segundo a organização “Elas Vivem: um caminho de luta”, foram registrados 257 ocorrências de violência e 46 feminicídios. O Ministério Público da Bahia (MP-BA), por sua vez, divulgou que, entre os meses de janeiro e novembro, foram registrados 18.689 procedimentos investigatórios de casos de violência contra as mulheres.  

 

Sobre os números, Fernanda Lordelo delimita que eles podem ser analisados em algumas frentes. “Eu acredito que nós avançamos significativamente, mas nós temos um números muito alto. E nós chegamos a refletir ainda nos grupos, se esse número alto é decorrente apenas de aumento da violência, que a gente sabe que ainda é muito significativo, mas também pelo fato de estarmos falando com as mulheres e alertando essas mulheres da necessidade de denunciar. Porque há um dado implícito e visto nacionalmente, de que a maioria das mulheres que são vítimas de feminicídio, muitas não tinham pedido ajuda a nenhum órgão”, destaca. 

 

“Então precisamos que essas mulheres cheguem a este espaço”, delimita. “Porque se essa mulher não pede ajuda, ela estando sob violência, ela pode estar em risco eminente e o que nós queremos é exatamente salvar a vida destas mulheres”, completa.

 

O Bahia Notícias divulga entrevista completa com a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordelo, nesta segunda-feira (17), a partir das 11h10, com todas as informações sobre a atuação da pasta na promoção dos direitos humanos.

 

Confira o trecho da entrevista: 

 

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