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Entrevistas

Entrevista

Robinson Almeida fala sobre o início das atividades do Conselho de Comunicação e os projetos para o Irdeb - 09/01/2012

Por David Mendes / Felipe Campos

Fotos: João Gabriel Galdea / Bahia Notícias


Bahia Notícias – Eu queria começar falando sobre o Conselho estadual de Comunicação. Em novembro do ano passado saiu o anúncio dos membros eleitos e este ano o Conselho começa efetivamente. Eu queria saber quais são as primeiras políticas públicas para a área que estarão em debate no Conselho?

Robinson Almeida – Nós vamos dar posse aos membros do Conselho no dia 10, terça-feira, às 9h. Esse conselho é o primeiro na área de comunicação no Brasil e tem um símbolo de importância muito grande. Ele já estava previsto na Constituição baiana de 89 e funciona como um órgão auxiliar do governo. Tem a missão de elaborar políticas públicas para a comunicação social e é o espaço que reúne empresários, movimentos sociais e governo para produzir ações que fortaleçam a comunicação. Entre as primeiras medidas para debate estão as ações de fortalecimento do mercado regional de comunicação para que o que é divulgado na Bahia tenha a participação da produção baiana (na área de criação das agências e dos veículos) e para que haja uma divisão mais igualitária do bolo publicitário brasileiro. Vamos começar a discutir também a presença da informação em todo o estado da Bahia com o fortalecimento dos veículos regionais, comunitários, alternativos e a mídia digital para que as informações produzidas em cada cidade tenham a força de chegar ao seu público direto e específico no interior do estado.

BNVocê falou em democratização do acesso à informação oficial. Você, como secretário de comunicação, acredita que a publicidade oficial deve ser pautada pela lógica de mercado? Ou seja, o veículo que tiver grande audiência é aquele que deve receber o repasse para que a informação seja pautada para um público maior? Ou essa informação deve ser democratizada e passada para todos os veículos?

RA – O governo tem duas dimensões. Primeiro, ele é um anunciante do mercado publicitário, mas também é um promotor da área de comunicação, que é uma atividade econômica e tem que ser entendida também enquanto tal. Então nós combinamos dois critérios: a audiência, porque você está fazendo um investimento público e é preciso ter um retorno, e também a institucionalização da política de comunicação, para fazer com que os pequenos também possam manter-se vivos e desenvolver suas atividades de levar informação para públicos específicos. É a combinação dessas duas variáveis que norteia a nossa política de investimentos publicitários.

BNQual foi a real necessidade de transformar uma agência – a Agecom, vinculada à Casa Civil –, em uma secretaria, a Secom?

RA – Nós fizemos em 2008 a primeira conferência de comunicação já realizada por um governo no estado e, nessa experiência, a sociedade, empresários, movimentos sociais, estudantes e professores reivindicaram a transformação da assessoria geral de comunicação em uma secretaria. Fizemos uma segunda conferência, em 2009, já como parte preparatória da conferência nacional, e essa reivindicação também pontuou as resoluções. O entendimento básico que fez o governador transformar a Agecom em Secom é de que a comunicação deve ser entendida como um serviço à população. A informação é um direito do cidadão então é preciso tratá-la na categoria de política pública. Para isso, é necessário ter um instrumento organizativo capaz de produzir essa política pública que, no arranjo administrativo do governo, é uma secretaria de Estado. Essa compreensão de que a comunicação não se resume apenas a conteúdos noticiosos produzidos pelo governo, mas contempla ações do governo na área de comunicação, motivou a criação da secretaria.


BN – Como funciona a relação da Secom com as demais secretarias? Elas têm autonomia na questão organizacional da comunicação ou tudo tem uma interferência da Secom, tem que passar por lá?

RA – Nós temos um sistema de comunicação no governo e eu diria que a Secom é o coração do sistema. Nós funcionamos em rede e todas as Ascoms (assessorias de comunicação) fazem parte desse sistema. Há um fluxo das Ascoms, das secretarias e das empresas que produzem seus conteúdos e atendem diretamente aos veículos interessados e há também um conjunto de pautas de interesse da Secom, que para ter maior visibilidade são compartilhadas, trabalhadas e distribuídas pela secretaria. Ou seja, nós investimos em uma colaboração para que a notícia tenha uma maior capilaridade. Na área de publicidade, temos um processo de construir uma unidade de comunicação do governo. Chegam as demandas das secretarias, nós fazemos uma síntese – os briefings estabelecidos e as demandas de campanha –, e fazemos uma avaliação conjunta. O que é aprovado é produzido pela agência que atende aquela secretaria e nós fazemos a coordenação para que o tempo de exibição cumpra um cronograma e o cidadão receba a informação de uma forma planejada, sem superposição de várias campanhas em um só período e ausência de campanhas em outros.

BN – Em uma entrevista que você deu a Samuel Celestino no mês passado, você disse que a comunicação no governo Wagner teve que mudar da água para o vinho. Por que essa afirmação?

RA – O que eu disse é que o sistema político passado tinha na comunicação a espinha dorsal da hegemonia política, era um modelo em que a comunicação amarrava a defesa de uma imagem, de um conceito. Não tinha uma relação com a sociedade, não havia participação popular, conferências, espaços de debates. Já nós concebemos a comunicação enquanto política pública e essa é a mudança estrutural que nós realizamos. Nós continuamos a produzir conteúdos noticiosos e publicitários, mas também nos abrimos para debater com a sociedade, fazer plenárias, conferências e construir o conselho, por exemplo.

BN – A oposição ao governo, principalmente os Democratas, reclamam que há um excessivo investimento em propaganda no atual governo. Como você considera isso?

RA – Os dados não confirmam essa acusação. Pelo contrário, todos sabem que no período passado os investimentos publicitários eram superiores aos atuais.

BN – Você tem ideia de valores comparativos? O suporte anual, quanto se gasta atualmente em publicidade e quanto se gastava antes?

RA Eu diria que, nos quatro anos do nosso governo, a média anual foi de R$80 milhões e no governo passado a média foi superior, mas não posso te precisar o número exato. Isso, claro, fazendo as devidas atualizações monetárias. Combater a comunicação é uma forma de fazer luta política contra o governo, fizeram muito isso na campanha eleitoral, mas com pouco resultado porque a população faz um juízo do que é veiculado e exibido e acho que aprovou, a julgar pela escolha do governador já no primeiro turno.


BN – Eu queria que você falasse do Irdeb. O que mudou nesse primeiro ano sob o comando da Secom?

RA – A rigor temos seis meses porque a mudança ocorreu no meio do ano. Nós estamos fazendo uma reestruturação no Irdeb, preparando a digitalização da TV e da rádio. Temos uma meta de colocar o sinal digital da TV pública ainda no segundo mandato do governador Jaques Wagner e também estamos fazendo uma reestruturação interna para a produção de conteúdo com essa nova matriz tecnológica. Além disso, a gente tem trabalhado para que ocorra uma reestruturação da programação com a ênfase maior na produção de conteúdo baiano e a diversificação desse conteúdo, além de ampliar a capacidade do sinal para que ele chegue a mais municípios, já aproveitando a digitalização. Colocar o sinal nas parabólicas do interior, nas TVs por assinatura, fazer uma modernização do instituto para acompanhar esse período de modernização tecnológica.

BN – Recentemente, o Jornal da Metrópole publicou uma charge com críticas ao governo quanto ao problema do lixo, da limpeza pública. Na campanha passada, um vídeo colocado no You Tube fazia uma brincadeira com a vinheta da propaganda do governo. Como a Secom analisa essas críticas da oposição, já que de uma forma ou de outra esse tipo de coisa se torna popular e repercute entre os baianos?

RA – Isso é natural. A oposição tem que buscar algo para criticar e quando não há um foco de combate concreto ao governo a saída é criticar a publicidade. Algumas coisas, pelo que vocês narraram aqui, são bastante desfocadas já que a questão da limpeza pública, por exemplo, diz respeito à prefeitura e não ao governo do Estado. Muitas vezes há uma confusão proposital com o objetivo de fazer o combate político. Sobre esse vídeo ao qual você se referiu, que circulou pela internet, eu coloco a aprovação do governador em 1º turno com 64% dos votos como o julgamento do povo em relação ao todo do governo e à publicidade em particular. Eu acho que nenhum governo seria aprovado com um porcentual desse se a comunicação não espelhasse a realidade.

BN – Em uma rápida pesquisa sobre o senhor pela internet, é possível perceber que, na função de secretário, o senhor dá muitas entrevistas, aparece bastante, rebate críticas e fala em nome do governador. O senhor se consideraria, de certa forma, um porta-voz do governador?

RA – Não. Eu ocupo uma pasta que precisa verbalizar publicamente posições na área específica da comunicação e posições de governo. Faz parte disso esclarecer ações do governo, quando isso é demandado em entrevistas, porque a comunicação é uma área transversal que me força a ter o acompanhamento dessas ações. Então eu acabo virando uma fonte solicitada para ter informações mais rápidas, no caso de o jornalista não achar um secretário específico ou querer fazer um balanço das ações do governo.

BN – Mas você não aceita o termo “porta-voz do governo”?

RA – Não, porque o governo não tem um porta-voz. O próprio governador exerce essa função de ser a voz do governo.

BN – Com tanta exposição, muita gente especula que você pode ter a ambição política de sair para deputado, por exemplo. Você tem essa ambição de tentar um cargo eletivo?

RA – Eu já recebi esse convite várias vezes. Sou militante há 30 anos, fui fundador do PT aqui em Salvador e participei do movimento social. Fazer política para mim é realizar uma utopia de melhorar as condições de vida do povo. Eu nunca planejei ser secretário de Estado, nunca fiz militância para ter status social, sempre fiz por uma razão existencial de gostar de exercer a vida pública com um sonho de transformação social. Apesar de não ter aceitado até então, não nego a hipótese de ser candidato no futuro. Eu estou no mundo político para cumprir tarefas que me dão prazer. Ser secretário, ser militante, ser dirigente partidário ou ser deputado para mim tem uma dimensão de ser um construtor de um projeto.


BN – Sobre a questão de Carlos Geílson, deputado estadual que acusou a Secretaria de Comunicação de exercer pressão sobre os veículos em relação a materiais contrários ao governo. Como você reage a isso e a que você atribui essas denúncias?

RA – Eu atribuo a uma precipitação da campanha eleitoral e a uma politização de ações de determinados deputados. Nesse caso específico eu fui completamente surpreendido porque ele disse que foi procurado por duas pessoas há meses atrás para fazer esse tipo de pressão e nunca me ligou, nunca checou se eu conhecia essas pessoas ou as tinha enviado. Meses depois essa história aparece, justo no momento em que ele decide publicamente mudar de rádio, então me pareceu um movimento para buscar uma promoção, uma polêmica na saída. Eu prefiro encarar isso como parte dessa movimentação política pré-eleitoral, já que prova nenhuma foi apresentada, todo o mercado conhece a nossa conduta e isso não teve grande repercussão.

BNEu voltei a tocar nesse assunto porque depois disso criaram um perfil fake seu no Twitter, bem-humorado inclusive, que brinca com o fato da pressão na comunicação e do senhor ser engenheiro elétrico. Eu queria saber se o senhor conhece o fake e como foi a reação ao tomar conhecimento dele? O senhor achou engraçado?

RA – Eu achei muito engraçado e eu acho inclusive que faz parte desse mesmo movimento – da antecipação da campanha eleitoral.

BN – Tem um fundo político então nessa brincadeira?

RA – Não tenha dúvida. É uma forma de combater o governo e a comunicação do governo. Como eu não tenho conta no Twitter, fui informado por algumas pessoas que imprimiram e me mostraram. Eu dei risada. Aconteceu uma coisa engraçada porque um amigo meu muito conhecido virou seguidor desse perfil, começou a conversar e de repente começou a receber hostilidades desse fake. Então ele percebeu que era um perfil falso, começou a bater boca para me defender e me ligou para relatar isso.

BN – Quem foi esse seu amigo? O senhor poderia dizer?

RA - [risos] Não dá para falar porque ele é uma pessoa pública.

BN – O perfil fake inclusive concedeu uma entrevista ao Política Hoje. O senhor viu?

RA – Essa eu não vi, vou até imprimir para olhar [risos]...


BN – Agora falando de estratégia de comunicação, o senhor poderia afirmar hoje que o calcanhar de Aquiles do governo Jaques Wagner é a segurança pública?

RA – A segurança é um desafio grande que tem sido enfrentando com bastante determinação e já com alguns resultados positivos. É um problema no Brasil e na Bahia. A gente tem um planejamento que está em execução, sob a liderança do secretário Maurício Barbosa, o programa Pacto pela Vida, que alia por um lado a repressão e por outro prevenção e inclusão. Um conjunto de ações já foram desenvolvidas com a implantação das bases comunitárias de segurança, a criação do DHPP, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, a contratação de 7 mil policiais no primeiro governo e de mais 7 mil que vai ocorrer nesse novo governo, além do reforço de toda estrutura – viaturas e equipamentos para os policiais. Estamos com uma determinação em reduzir significativamente a violência, especialmente o número de homicídios nesses próximos anos. O balanço ainda vai ser fechado em janeiro, mas as informações preliminares já colocam que teremos, após 10 anos, a primeira redução da taxa de homicídios, mudando o sentido da curva depois de 10 anos. Isso já é o resultado do planejamento em execução em 2011. Em 2012, nós mudaremos a gestão na área de segurança pública com o prêmio de desempenho policial, aprovado recentemente, e será estabelecida uma meta por ano, aprovada pelo governador. Os policiais que trabalham nas áreas que atingirem as metas receberão uma espécie de 14º salário. Eu creio que esse é um desafio grande, talvez um dos principais, mas tem uma estratégia em curso que já começou a dar resultado e acredito que teremos nos próximos anos uma redução significativa dos crimes violentos em nosso estado.

BN – Há um clima de insegurança no estado e o senhor, que acompanha pesquisas qualitativas do governo, acha que o baiano hoje consegue transmitir essa responsabilidade pelo clima de insegurança para o governo do estado?
 
RA – Tem uma pesquisa que está fresquinha na minha cabeça porque ontem nós tivemos uma reunião do programa Pacto pela Vida, que eu faço a coordenação junto com o secretário Maurício Barbosa. Perguntada a percepção da população sobre a evolução da segurança no último ano, tivemos a resposta “melhorou muito” com 9,5% e “melhorou um pouco” com 39%, sendo que “piorou” e “piorou muito”, os dois juntos, tiveram 24,5%. Então o sentimento da população é de melhora, praticamente metade dos entrevistados responde que tem uma percepção de melhora.

BN – Há um planejamento estratégico da Secom com a Polícia Militar, com as polícias em geral?

RA – Há um planejamento, nós reestruturamos as Ascoms das polícias Civil, Militar e da SSP, criamos uma estrutura de comunicação e segurança junto com a Secom. Tem uma agência de publicidade que se dedica ao acompanhamento das ações de comunicação e segurança, fazemos reuniões permanentes de acompanhamento e planejamento nessa área para que a gente possa responder a um conjunto de demandas, que costuma ser intenso. Fortalecemos bastante a comunicação nas três estruturas da polícia.

BN – Nos últimos 10 anos, o Comitê de Segurança Pública Internacional aponta não apenas aqui, mas em outros estados que mantiveram índices altos, a falha na divulgação de estatísticas como um dos motivos para os índices continuarem altos. Recentemente houve aquele processo de desativação da central de comunicação das polícias. Qual a opinião do senhor sobre as críticas do comitê internacional?

RA – Você deve ter percebido que ele falou dos últimos 10 anos. Em 2011, nós fizemos uma mudança muito importante, a qual você se referiu, porque nós passamos a divulgar online as principais ocorrências policiais. Se você abrir o site da SSP, encontrará o número de homicídios, as tentativas de homicídios, de roubos a veículos de hoje e todas as estatísticas do ano a partir de janeiro, quando esse sistema foi instalado dando toda transparência. Acredito que nesse quesito nós fizemos uma mudança muito importante e vitoriosa. Após uma primeira reação negativa dos profissionais de comunicação, você não vê mais críticas porque eles entenderam que se tratava de um aperfeiçoamento para facilitar a vida de todo mundo. Antes, as informações eram coletadas do teleatendimento do 190, onde não havia ainda a comprovação in loco do que tinha ocorrido, mas hipóteses e denúncias que precisavam ainda ser checadas. Com a mudança, nós demos mais segurança à informação.


BN – Qual o seu posicionamento, enquanto chefe da comunicação, sobre a questão da exigência do diploma para jornalista e da licença para o radialista. Você é a favor da obrigatoriedade do diploma e da licença?

RA – Eu sou, sempre fui e continuo a favor. Eu acho que informar a população é uma missão muito relevante e quem a exerce tem que estar preparado para fazê-lo. A formação das pessoas, especialmente da responsabilidade do que escreve, divulga e noticia, vai ao final dar mais qualidade e segurança para quem recebe essa informação. Então passar por uma universidade, ter uma formação, ter não apenas o domínio da técnica, mas os valores e a ética na condução da carreira profissional, é fundamental, especialmente agora com o fenômeno da internet, onde nós temos não apenas consumidores de informação como também produtores de informação. Para uma informação com credibilidade, segurança e rigor, os profissionais de comunicação me parecem mais aptos por sua formação.

BN – Você gere a comunicação em um estado que tem a faculdade eleita como a melhor do país, a Faculdade de Comunicação da Ufba. O senhor tem a vontade de fazer esse vestibular, já que o senhor gere a comunicação pública no estado?

RA – Não [risos]. Eu acho que já faço uma pós-graduação em comunicação ao exercer a função de gestor público da área. Eu só não produzo conteúdos lá na Secom, eu não sento para escrever, não edito, não faço as atividades técnicas de um jornalista. Mas te garanto que acompanho toda a produção de conteúdo e, após cinco anos, posso dizer que tenho um conhecimento razoável das atividades desenvolvidas nessa área.

BN – O governador ainda passa por treinamento para lidar com a imprensa ou ele já é uma fera?

RA – O governador já é um professor. Além de ter uma habilidade inata, que tem a ver com a sua personalidade, ele tem um tratamento cordial com a população, seja diretamente ou através da intermediação da imprensa, que faz dele uma fonte muito requisitada, muito querida. Ele é, inclusive, uma referência que nós usamos no treinamento com os secretários e outros dirigentes. Ele serve como exemplo de como lidar com essa difícil tarefa que é comunicar ações de governo e dar explicações à sociedade, habilidades que muitas vezes as pessoas não carregam consigo, mas precisam desenvolver. Ele é um exemplo nisso.
 

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