Ministério dos Direitos Humanos lança prêmio literário para pessoas idosas
O 1º Prêmio Literário da Pessoa Idosa, do Ministério dos Direitos Humanos, aconteceu na sexta-feira (21), em Brasília. De acordo com o Secretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Rogério Luiz Barbosa “o prêmio visa o empoderamento das pessoas, visa o protagonismo da pessoa idosa e é um estímulo à produção literária, mantendo sempre a atividade mental cognitiva funcionando”.
Segundo informações da Agência Brasil, o novo concurso recebeu ao todo, 346 inscrições, das quais 272 atendiam aos requisitos solicitados. Entre elas, o júri selecionou 25 crônicas, cinco por região do país, que foram publicadas em um livro. Os três primeiros lugares receberam respectivamente R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil. O tema do prêmio deste ano foi Memórias do Lugar onde eu vivo.
A escritora Maria de Lourdes, conhecida como Lola Prata, aos 79 anos, foi a grande vencedora do 1º Prêmio Literário da Pessoa Idosa com a crônica Maré Baixa. “Tudo ganha uma extensão maior e uma profundidade maior porque estou com quase 80 anos e ainda estou recebendo prêmios. Isso aumenta a autoestima e vejo que não estou invisível. Porque com a terceira e quarta idades a gente nem é notada”, diz e acrescenta: “É uma vaidade, mas é uma vaidade tão boa”.
Na abertura do evento, o secretário ressaltou a importância da se saber ler e escrever e informou que o índice de analfabetismo entre a população idosa é quase o triplo do índice geral da população. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7% da população é analfabeta, o que corresponde a 11,5 milhões de pessoas. Entre aqueles com 60 anos ou mais de idade, essa taxa chega a 19,3%.
“É o nosso objetivo, promover o envelhecimento ativo e saudável da nossa população”, disse Barbosa.