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Marca Bahia Notícias

Notícia

Em defesa das vaquejadas, Adelmário Coelho quer regulamentação da prática no país

Por Ailma Teixeira

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Engajado na causa, o forrozeiro Adelmário Coelho foi até Brasília, no início da semana, participar de sessões do Superior Tribunal Federal (STF) e na Comissão do Meio Ambiente, em defesa da manutenção das vaquejadas. Antes, porém, ele gravou a canção “Sr. Ministro, pelo amor de Deus”, composta por ele em parceria com o publicitário Duda Mendonça, em apelo ao magistério para que a atividade não seja proibida. “Eu sou muito preocupado pra que os animais não sofram nenhum trauma, o sentido não é esse”, ressalta Adelmário. “O sentido é das oportunidades que as vaquejadas geram para as pessoas, pela sua tradição e exercício cultural, então nós compomos essa música pra ser mais uma voz em defesa da manutenção desse esporte”, completa. A manifestação em Brasília, na última terça (24), contou com a participação de mais de cinco mil vaqueiros, de acordo com a Folha de S. Paulo. O protesto é consequência da decisão do STF, publicada no último dia 6, que julgou a prática inconstitucional no Ceará, acalorando os debates sobre a validade da decisão em outros estados do país.


Foto: Divulgação

“Nós fomos a Brasília numa grande manifestação nacional, vaqueiros, a classe artística, a parte empresarial, pessoas ligadas diretamente a esse esporte com a argumentação de que se a vaquejada for vetada, vai trazer um prejuízo muito grande pra sociedade, principalmente pra nordestina. Ela tem um âmbito nacional, mas só no Nordeste é quase um milhão de pessoas que vivem disso. É como se você tivesse muitos anos empregado e de uma hora pra outra recebesse a carta de demissão”, analisa. Mais conhecido por sua carreira na música com sucessos, como “O Neném” e “Amor não faz mal a ninguém”, o forrozeiro ressalta que não sobrevive economicamente das vaquejadas, mas “onde tem vaquejada, tem o forró”. Ele insiste na regulamentação da prática a partir da criação de critérios de prevenção de acidentes e preservação da integridade dos animais. “Na Assembleia Legislativa da Bahia, apenas um deputado não votou na lei que regulamenta as vaquejadas. O Estado saiu na frente nesse aspecto. O deputado Eduardo Salles (PP) foi o autor dessa lei e eu percebi lá [em Brasília] também, visitando deputados e senadores, que estão engajados na causa”, comenta, confiante, o forrozeiro.

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