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'A gente está devendo uma programação juvenil', ressalta diretor da Flica

Por Ailma Teixeira, de Cachoeira

Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
A sexta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira encerrou seu primeiro dia de atividades nesta quinta-feira (13), e o balanço da organização é positivo. Um dos curadores da festa, o diretor Emmanuel Mirdad chamou de "sensacional" o recorde de público presente na mesa de abertura (lembre aqui). "Hoje foi surpreendente. Eu sabia que a Mary [Del Priore] era uma grande autora, já tinha sido pedida nas redes sociais porque ela é uma grande historiadora e Cachoeira respira história, mas quinta geralmente é um dia mais devagar, que as pessoas estavam começando a chegar na cidade e as pessoas já chegaram", comenta o diretor, entusiasmado. A expectativa é ao menos repetir o feito de trazer um público de 25 a 35 mil pessoas no total dos quatro dias de festa. Na programação desta sexta edição, Mirdad destaca a participação de autores, como a homenageada do ano Ana Maria Machado, Conceição Evaristo, Ana Martins Marques e Antônio Prata. Outro destaque é a valorização da literatura negra com a presença de autores baianos e africanos. Embora satisfeito com a realização, o diretor reconhece que a Flica ainda não compreende todas as linguagens. "Quadrinhos são uma dívida nossa, assim como o cordel. Eles já foram muito cobrados, mas a gente vai atendendo aos poucos porque, como são 10 mesas, nos outros anos eram 12, são 20 e poucos autores, tem muita coisa pra ser contemplada ainda, mas o que a gente está devendo é uma programação juvenil", explica. O público jovem esteve muito presente nessa abertura, com grupos escolares, por exemplo, mas não havia oferta de conteúdos específicos para a faixa etária. "A gente tem uma programação infantil extremamente bombada, deu super certo a Fliquinha. Temos também as mesas literárias, que é para o público adulto, mas os jovens ficam sem ser contemplados. Às vezes a gente coloca na programação mesas com essa temática, como ano passado, a mesa mais bombada foi Meg Cabot com Paula Pimenta, aí esse ano os jovens estavam todos retados (sic) na internet com a gente: 'eu não conheço ninguém', mas a gente precisa conseguir ainda fazer programação juvenil", avalia, acrescentando que, com a situação econômica do país, as produtoras precisaram se reajustar à realidade do mercado ao invés de criar mais demandas. "Qualquer evento produzido do ano passado pra cá teve redução de patrocínio. Nenhum teve acréscimo porque isso retrata a realidade da nossa economia, não seria diferente com a cultura", pondera.

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