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Marca Bahia Notícias

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Escritor sírio é vaiado na Flip após criticar direitos humanos, jornalismo e intelectuais

Foto: Divulgação
O escritor sírio Abud Said foi recebido com protestos, neste domingo (3), ao fazer afirmações polêmicas durante sua participação na mesa “Síria mon amour”, na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Ele, que dividiu espaço com a jornalista brasileira Patrícia Campos Mello, especializada em coberturas de conflitos, já começou sua participação dizendo: “não quero falar sobre a guerra”. Após a frase antipática ele seguiu em árabe: “não quero ficar aqui a falar do Estado Islâmico”, dizendo ainda que não tem medo, mas não quer. “O jornalismo, as organizações de direitos humanos, o conselho da ONU, os escritores, todos eles estão fazendo um jogo sujo. Eu não gostaria de participar desse jogo. O Estado Islâmico é um assunto muito importante, não quero agora falar (...) Não tenho medo, mas não quero participar desse jogo sujo. Todo mundo parece que está participando sob bandeiras de mídia livre, de direitos humanos, não existe mídia livre, tem gente ganhando dinheiro com isso", disse ele, levando vaias da plateia. “Não existem direitos humanos, não existe jornalismo, o que existe são pessoas que querem ganhar dinheiro. Sou egoísta. Não quero ser a voz da Síria. Faz três anos que cansei. Não há uma sociedade mais doente do que a sociedade intelectual e de quem trabalha com direitos humanos”, disse ele. Abud Said viajou ao Brasil para apresentar o livro “O Cara Mais Esperto do Facebook”, que reúne algumas postagens na rede social, como uma espécie de diário com comentários sarcásticos sobre a vida.  “Esses jornalistas e o pessoal da cultura só falam da guerra”, disse ele, afirmando estar feliz de estar aqui e que “é serviço cinco estrelas. Me levam para jantar e almoçar, ontem fiz sauna. Estou muito feliz. Sou sírio, mas não tenho nada a ver [com política]”.

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