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Marca Bahia Notícias

Notícia

Miúcha prepara projetos no cinema e estuda lançar materiais inéditos de João Gilberto

Foto: Divulgação
Após 40 anos do lançamento do seu primeiro LP, “The best of two words”, Miúcha - irmã de Chico Buarque e ex-mulher de João Gilberto – celebra a marca com projetos no cinema e na música. Em entrevista ao O Globo, a artista contou um pouco da sua vida ao lado do cantor e compositor baiano, lembrando por exemplo do seu primeiro disco. “Estou na foto da capa, mas não tem crédito para mim. Reclamei, mas ficou por isso mesmo. Esse disco teve muita história, gravamos em várias etapas. Primeiro, gravamos tudo e voltamos para o Brasil. Mas quando viramos as costas, o Stan Getz mexeu... Nesse disco, o sax é muito mais alto do que todo o resto. Quando vem o solo de sax, a gente tem que abaixar o volume (risos). João reclamou da mixagem, tivemos que voltar aos Estados Unidos. Ficamos um tempão morando na casa do Getz. No final dessa remixagem, encontrei o Tom e gravamos juntos “O boto” (do disco “Urubu”, de 1976). Estava lá gravando com João e Stan Getz num estúdio, e o Tom em outro, e ninguém podia saber, porque Getz queria que o Tom participasse do disco, e o Tom estava fugindo. Mas o engenheiro de som entregou e acabei ficando mal, ali de espiã entre os dois, me senti uma Mata Hari”, lembrou Miúcha. A cantora revelou ainda que possui muito material inédito de João Gilberto e que irá analisar a possibilidade de recuperar e lançar as gravações. Miúcha contou ainda que Georgiana de Moraes e a Dora Jobim pretendem lançar o “Curta Miúcha”, um curta-metragem a partir das cartas que a artista escreveu quando morou na Europa e Estados Unidos. “Escrevia feito doida pra minha família e pros amigos. Tenho sete pastas. Conversei com os irmãos Campana, meus amigos, pra eles bolarem um cenário disso, botar as cartas penduradas como se fosse uma floresta feita delas. Eu vou andando no meio, pego uma por acaso, começo a ler. E a partir daí vamos para essas histórias, e elas são encenadas”, explicou, revelando também que Nelson Pereira dos Santos tem interesse de gravar um longa-metragem com este conceito. “Agora, estou tomando coragem de ler essas cartas. Tem tanta maluquice, leio uns pedaços e fico muito perturbada. São muitas, é chocante, não sei como não virei escritora. De repente, ainda viro”, diz Miúcha. 

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