Longa de diretora premiada no Panorama será exibido neste sábado
Após a exibição de Handebol, curta de Anita Rocha da Silveira exibido na sexta edição do Panorama, o realizador Cao Guimarães, que na época era júri do festival, comentou extasiado: “Estamos diante de uma grande cineasta!”. Não deu outra e Handebol ganhou o prêmio de melhor curta naquela edição.
Para o cinéfilo baiano, que já viu Handebol e outros curtas de Anita nos Panoramas passados, "Mate-me, por favor" não representa uma surpresa, mas uma constatação temática e estilística dos caminhos perseguidos pela realizadora. Estamos diante de uma autora, com seus interesses e obsessões.
Anita há muito se mostra interessada por certo vazio existencial aliado à morbidez juvenil. Em Mate-me, por favor, sexo e pulsão à morte caminham de mãos dadas pela mesma estrada. O fascínio pelo desconhecido, a atração exercida pelo perigo iminente, numa Barra da Tijuca assustadora, símbolo da riqueza brega de uma classe média entorpecida. A arquitetura é um personagem.
A repetição de certos elementos e planos confere ao filme uma sensação de “espiral para dentro”. Quanto mais avançamos na narrativa, as estranhezas se acentuam e o clima de horror fica impregnado.
Mate-me não traz uma história didática, contada em todos os seus pormenores. A realizadora propõe uma rica atmosfera, que nos permite articular o que está fora do filme. Ou seja, o espectador é convidado a pensar e a estabelecer suas hipóteses.
Destaque ainda para o jovem elenco feminino, premiado no último Festival de Veneza.
Serviço:
Competitiva Nacional III
Quando: 31 de outubro, às 16h50, no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha (Sala 1).
Quanto: R$ 10 / R$ 5
- Filmes:
A festa e os Cães, de Leonardo Mouramateus (CE)
Virgindade, de Chico Lacerda (PE)
Mate-me por favor, de Anita Rocha da Silveira (RJ)
Conversa com os diretores após a sessão.
Para o cinéfilo baiano, que já viu Handebol e outros curtas de Anita nos Panoramas passados, "Mate-me, por favor" não representa uma surpresa, mas uma constatação temática e estilística dos caminhos perseguidos pela realizadora. Estamos diante de uma autora, com seus interesses e obsessões.
Anita há muito se mostra interessada por certo vazio existencial aliado à morbidez juvenil. Em Mate-me, por favor, sexo e pulsão à morte caminham de mãos dadas pela mesma estrada. O fascínio pelo desconhecido, a atração exercida pelo perigo iminente, numa Barra da Tijuca assustadora, símbolo da riqueza brega de uma classe média entorpecida. A arquitetura é um personagem.
A repetição de certos elementos e planos confere ao filme uma sensação de “espiral para dentro”. Quanto mais avançamos na narrativa, as estranhezas se acentuam e o clima de horror fica impregnado.
Mate-me não traz uma história didática, contada em todos os seus pormenores. A realizadora propõe uma rica atmosfera, que nos permite articular o que está fora do filme. Ou seja, o espectador é convidado a pensar e a estabelecer suas hipóteses.
Destaque ainda para o jovem elenco feminino, premiado no último Festival de Veneza.
Serviço:
Competitiva Nacional III
Quando: 31 de outubro, às 16h50, no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha (Sala 1).
Quanto: R$ 10 / R$ 5
- Filmes:
A festa e os Cães, de Leonardo Mouramateus (CE)
Virgindade, de Chico Lacerda (PE)
Mate-me por favor, de Anita Rocha da Silveira (RJ)
Conversa com os diretores após a sessão.