João Ubaldo Ribeiro tem mais de 500 crônicas publicadas nos anos 60
O escritor João Ubaldo Ribeiro morreu em julho deste ano, mas continua a ser homenageado ao redor do país. Durante a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), no Recôncavo, o escritor Fernando Vita revelou que Ubaldo era o autor de uma das colunas mais lidas do antigo Jornal da Bahia, entre 1962 e 1964.
A coluna Nossa Cidade, segundo O Globo, era publicada diariamente e trazia crônicas sobre um personagem batizado de Theóphilo, que ironizava problemas da cidade. A autoria da coluna anônima só era conhecida pelos trabalhadores do jornal. Foram cerca de 500 crônicas publicadas entre fevereiro de 1962 e 1964.
"Era uma ilha de excelência em meio a tantas obviedades. Ele recolhia cartas dos leitores, reclamações comezinhas, e transformava em material para aquelas que eram suas primeiras crônicas. Lembro bem: os copidesques ficavam loucos para revisar a página 5, onde eram publicadas, pois era diversão na certa. Os leitores adoravam. Já estavam ali o humor, a ironia, o sarcasmo, a veia literária de Ubaldo, e ele não tinha mais de 22 anos", contou Vita.
As ilustrações da coluna foram criadas pelo francês Gérard Lauzier, que trocou o Le Monde pelo Jornal da Bahia, depois de se apaixonar por uma baiana e decidir viver no Brasil. Emília Ribeiro, filha de Ubaldo, alegrou-se ao ouvir trechos das crônicas durante o evento. "Era ele quem escrevia, sim, mas conheço a história porque sou filha. São muitas crônicas nesta primeira fase, ele escrevia muito", disse.
A coluna Nossa Cidade, segundo O Globo, era publicada diariamente e trazia crônicas sobre um personagem batizado de Theóphilo, que ironizava problemas da cidade. A autoria da coluna anônima só era conhecida pelos trabalhadores do jornal. Foram cerca de 500 crônicas publicadas entre fevereiro de 1962 e 1964.
"Era uma ilha de excelência em meio a tantas obviedades. Ele recolhia cartas dos leitores, reclamações comezinhas, e transformava em material para aquelas que eram suas primeiras crônicas. Lembro bem: os copidesques ficavam loucos para revisar a página 5, onde eram publicadas, pois era diversão na certa. Os leitores adoravam. Já estavam ali o humor, a ironia, o sarcasmo, a veia literária de Ubaldo, e ele não tinha mais de 22 anos", contou Vita.
As ilustrações da coluna foram criadas pelo francês Gérard Lauzier, que trocou o Le Monde pelo Jornal da Bahia, depois de se apaixonar por uma baiana e decidir viver no Brasil. Emília Ribeiro, filha de Ubaldo, alegrou-se ao ouvir trechos das crônicas durante o evento. "Era ele quem escrevia, sim, mas conheço a história porque sou filha. São muitas crônicas nesta primeira fase, ele escrevia muito", disse.